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Por Phil Stewart e Jonathan Landay e Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - Durante o governo do presidente Joe Biden, o exército dos EUA realizou ondas de lançamentos aéreos de alimentos em Gaza, entregando cerca de 1.220 toneladas de ajuda. Mas a opção não foi seriamente considerada pelo governo de Donald Trump, segundo autoridades americanas e outras fontes, apesar de ele expressar preocupação com a fome em Gaza em meio à campanha militar de quase dois anos de Israel contra o Hamas.
Uma fonte disse que isso é visto como uma opção irreal, porque a medida não chegaria perto de atender às necessidades de 2,1 milhões de palestinos, mesmo com aliados próximos dos EUA, incluindo a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos e o Reino Unido, tendo realizado lançamentos aéreos de assistência para Gaza.
Os grupos de ajuda humanitária há muito tempo criticam tais lançamentos, considerando-os mais simbólicos do que eficazes dado que a escala de necessidade em Gaza exige rotas terrestres abertas para que grandes quantidades de ajuda entrem no enclave. Os pacotes pesados também podem representar um perigo para quem corre em direção à ajuda que cai de paraquedas.
"Isso simplesmente não fez parte das discussões", disse uma autoridade dos EUA, falando sob condição de anonimato para poder discutir as deliberações internas do governo Trump.
Uma fonte familiarizada com a questão disse: "Não foi algo considerado seriamente porque não é realmente uma opção séria neste momento".
Uma fonte diplomática, falando sob condição de anonimato, disse que não tinha conhecimento de nenhum interesse dos EUA em participar do esforço aéreo.
Outra autoridade de um país que está participando dos lançamentos aéreos disse que não houve conversas com os EUA sobre a participação de Washington no esforço. Ela acrescentou que os EUA não estavam fornecendo apoio logístico para os envios feitos por outros países.
Solicitado a comentar, um funcionário da Casa Branca disse que o governo estava aberto a "soluções criativas" para a questão.
"O presidente Trump pediu soluções criativas para ’ajudar os palestinos’ em Gaza. Nós acolhemos qualquer esforço eficaz que entregue alimentos aos habitantes de Gaza e os mantenha fora das mãos do Hamas", disse.
Israel começou a permitir o envio de alimentos por via aérea no final de julho, à medida que aumentava a preocupação global com o custo humanitário da guerra em Gaza.
PRESSÃO CRESCENTE SOBRE ISRAEL
Israel enfrenta uma pressão internacional cada vez maior sobre a crise humanitária em Gaza e sua promoção da operação de ajuda da Gaza Humanitarian Foundation. A organização tem locais de distribuição apenas no sul do território e foi considerada perigosa e ineficaz por grupos de ajuda e pelas Nações Unidas --alegações que o grupo nega.
À medida que o número de mortos em dois anos de guerra em Gaza se aproxima de 60.000, um número cada vez maior de pessoas está morrendo de fome e desnutrição, dizem as autoridades de saúde locais, com imagens de crianças famintas chocando o mundo e alimentando as críticas internacionais a Israel por causa da piora acentuada das condições.
Biden enfrentou uma enorme pressão dos pares democratas para aliviar o sofrimento humanitário em Gaza. Além do envio de ajuda alimentar, incluindo refeições prontas para consumo, Biden ordenou que o exército dos EUA construísse um píer temporário ao largo de Gaza para que a ajuda fosse entregue ao enclave.
O píer, anunciado pelo ex-presidente durante um discurso televisionado ao Congresso em março de 2024, foi um esforço enorme que exigiu cerca de 1.000 integrantes de forças dos EUA para ser executado.
Mas o mau tempo e os desafios de distribuição dentro de Gaza limitaram a eficácia do que, segundo os militares dos EUA, foi o maior esforço de entrega de ajuda já realizado no Oriente Médio. O píer só ficou operacional por cerca de 20 dias e custou cerca de US$230 milhões.
(Reportagem de Phil Stewart, Idrees Ali e Jonathan Landay; reportagem adicional de Steve Holland)
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS BB (BVMF:BBAS3)