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DUBAI (Reuters) - O Irã não sucumbirá a pressão e sanções impostas por Washington, disse o principal diplomata da República Islâmica na terça-feira, após se encontrar com seu colega russo, dias depois de Moscou ter mantido conversas iniciais com os EUA apenas um mês depois de Donald Trump retornar à Casa Branca.
Durante viagem de um dia ao Irã, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, discutiu tópicos regionais e bilaterais com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, informou a mídia estatal.
A visita ocorre um dia depois que os Estados Unidos impuseram uma nova rodada de sanções contra a indústria petrolífera do Irã, a principal fonte de renda da República Islâmica.
No início deste mês, Trump restabeleceu sua campanha de "pressão máxima" sobre o Irã, que inclui esforços para zerar as exportações de petróleo do país, reimpondo uma política dura sobre o Irã que foi praticada durante seu primeiro mandato.
"A posição do Irã em relação às negociações nucleares é clara e não negociaremos sob pressão e sanções", disse Araqchi durante uma coletiva de imprensa conjunta televisionada com Lavrov.
"Não há possibilidade de negociações diretas com os EUA enquanto a pressão máxima estiver sendo aplicada dessa forma."
Embora Trump tenha dito que "adoraria fazer um acordo" com os governantes clericais do Irã, a autoridade máxima do Irã, o líder supremo Ali Khamenei, disse este mês que as negociações com os Estados Unidos "não são inteligentes, sábias ou honrosas".
No entanto, ele não chegou a renovar a proibição de conversações diretas com Washington, decretada durante o primeiro governo Trump.