Após a vitória do partido de direita RN (Reagrupamento Nacional) no 1º turno das eleições na França no domingo (30.jun.2024), líderes da NFP (Nova Frente Popular), de esquerda, e da coalizão centrista do presidente Emmanuel Macron se mobilizaram para formar uma aliança para o 2º turno. Eventual acordo deve incluir a retirada de candidatos que avançaram em 3º lugar para evitar a divisão de votos.
O principal objetivo da nova aliança é impedir que o RN consiga formar um governo de maioria (289 ou mais cadeiras). A Reuters relatou que Macron relutou em abrir mão de candidatos em nome de postulantes da esquerda, mas reforçou que negar a maioria à direita é a prioridade.
A direita francesa saiu vitoriosa no 1º turno das eleições para a Assembleia Nacional, a Casa Baixa do Parlamento. O RN e seus aliados tiveram 33,2% dos votos, segundo projeção do Le Monde.
O percentual permite que o partido e seus aliados ocupem 297 das 577 cadeiras. Ou seja, um número maior que a maioria absoluta, de 289. O total é necessário para que o partido possa indicar o nome do seu candidato ao cargo de primeiro-ministro.
Na sequência está a NFP (Nova Frente Popular), com 28,1%. A coalizão de centro Juntos, da qual faz parte o Renascimento, partido de Macron, obteve com 21% dos votos.