Por Thorsten Severin e Michelle Martin
BERLIM (Reuters) - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que membros do seu partido conservador e seu possível parceiro, o Partido Social-Democrata (SPD), têm muito o que fazer antes de aceitarem formar um governo, com os partidos disputando sobre direitos trabalhistas e assistência de saúde apesar de terem colocado de lado uma discussão sobre imigração.
Os partidos se envolveram em outra disputa sobre imigração nesta sexta-feira, com alguns membros do SPD dizendo querer revisitar o plano de coalizão de janeiro que dizia que os partidos não esperavam que a imigração anual ultrapassasse 220 mil por ano porque se irritaram que os aliados bávaros de Merkel, da União Social-Cristã, pareciam estar considerando isto como um limite máximo.
Mas o vice-líder do SPD, Ralf Stegner, disse posteriormente que os partidos haviam chegado a um acordo. Em uma aparente derrota ao SPD, o texto da previsão de imigração permaneceu o mesmo – conforme buscado pela CSU (SA:CARD3), que pede um limite de imigrantes.
Stegner disse que o número descrevia “números de imigração esperados” e além disto os partidos defenderam o direito de asilo consagrado na Constituição alemã.
Ele disse que o SPD teve que fazer compromissos: “Nós não podemos ter progresso em nossas questões sem dar algo em troca”.
Mas Stegner declarou um acordo sobre uma “moderna e transparente lei de imigração” como um sucesso para o SPD, pró-imigrantes. Os partidos concordaram em encorajar imigrantes especializados a irem à Alemanha ao considerar critérios como qualificações, idade e habilidades de linguagem.
Os partidos também concordaram em acordos sobre questões menos contenciosas, mas, conforme chegava para conversas, Merkel disse que enfrentavam divisões em áreas cruciais. “Nós teremos boa vontade para superá-las, mas ainda há muito trabalho à nossa frente”.