Sete soldados israelenses são mortos em Gaza, há pressão sobre Netanyahu para cessar-fogo

Publicado 25.06.2025, 10:39
Atualizado 25.06.2025, 10:40
© Reuters. Veículos militares de Israel em Gazan 17/6//2025    REUTERS/Amir Cohen

Por Alexander Cornwell

TEL AVIV (Reuters) - As Forças Armadas israelenses disseram que sete soldados foram mortos em um único ataque no sul de Gaza na terça-feira, o dia mais mortal dos militares no território desde que romperam o cessar-fogo com o Hamas em março.

Os sete, membros de um batalhão de engenharia de combate, foram mortos quando um dispositivo explosivo colocado no veículo blindado em que viajavam provocou um incêndio, disseram os militares nesta quarta-feira.

As mortes devem aumentar a pressão pública sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para que chegue a um cessar-fogo permanente em Gaza e encerre a guerra de quase dois anos, uma medida que sofre forte oposição dos membros da linha-dura de sua coalizão governista de direita.

O apoio da população a Netanyahu caiu depois do ataque do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, a partir de Gaza, que expôs Israel à sua mais mortal falha de segurança.

Mas a posição dele foi impulsionada pela decisão surpreendente de atacar o Irã -- uma campanha amplamente vista como um golpe significativo contra o adversário de longa data de Israel.

As atenções voltaram para Gaza após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma trégua entre Israel e Irã que entrou em vigor na terça-feira e continua.

Moshe Gafne, um parlamentar de um partido ultraortodoxo dentro do governo de coalizão de Netanyahu, questionou publicamente na quarta-feira por que Israel ainda estava envolvido na guerra em Gaza.

"Este é um dia muito triste, com sete soldados mortos em Gaza... Eu ainda não entendo por que estamos lutando lá. Com que objetivo?", disse ele a um comitê parlamentar.

A ala militar do Hamas confirmou que havia realizado o ataque mortal em Khan Younis, no sul de Gaza, na terça-feira. Disse que seus combatentes também dispararam um míssil antitanque contra outro veículo que veio ajudar.

A guerra em Gaza isolou Israel de muitos de seus parceiros internacionais que criticam a campanha militar. Durante os 12 dias em que Israel lutou contra o Irã, mais de 800 palestinos foram mortos em Gaza pelos militares israelenses, incluindo pelo menos 30, entre eles um jornalista, na quarta-feira, de acordo com autoridades de saúde locais.

O dia mais mortal para os militares israelenses desde o início da guerra foi em janeiro de 2024, quando 24 soldados foram mortos, 20 deles em uma única explosão.

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