A ata da última reunião do COPOM é uma das mais importantes da história deste mandato, em vista às perspectivas de continuidade dos cortes de juros para níveis historicamente baixos.
O cenário macroeconômico para o Brasil apresenta mudanças importantes, todas compatíveis com o ciclo de afrouxamento monetário. A inflação continua baixa, mesmo com a reversão recente em alguns itens da pressão negativa que alimentos representavam.
Os indicadores de atividade econômica estão em melhora contínua, porém ainda longe de fecharem o considerável hiato do produto, devido à taxa de desocupação e ociosidade ainda elevada na economia.
O crédito começa a dar sinais de recuperação, exatamente pelo baixo rendimento dos juros nominais, levando às instituições a “abrir as torneiras” e buscarem nesta modalidade, maiores ganhos.
Sendo assim, as amarras para juros historicamente baixos se concentram, ainda, na questão política.
CENÁRIO POLÍTICO
Atribui-se parte do “mau humor” do mercado ontem às pesquisas de intensão de voto, mostrando o ex-presidente lula à frente novamente, porém, pesquisas com há um ano do pleito muito pouco querem dizer alguma coisa concreta, principalmente em vista à indefinição dos candidatos.
Uma coisa é certa, a conta a ser paga por Michel Temer para se manter neste fiapo de mandato continua a parecer cara demais, em vista à necessidade de cacife político para aprovar algo que se assemelhe à reforma da previdência e com muito esforço, a tributária.
Nos EUA, o Trump se mostra claramente contrariado com os relatórios da questão russa produzidos por Mueller, ex-chefe do FBI, republicano e indicado por Bush.
O indiciamento de membros importantes da campanha de Trump começa a fechar o cerco e o presidente americano teme que tudo possa atingir seus filhos, supostamente envolvidos no esquema.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa positiva, com os futuros em NY em alta, na expectativa pela divulgação de balanços. Na Ásia, o fechamento foi misto, seguindo os rumos das bolsas americanas.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas a queda é generalizada, com o ouro em queda na expectativa pela decisão do próximo presidente do Fed.
O petróleo opera com perdas em ambas as praças, mesmo com a sinalização de cortes de produção.
Atenção aos resultados de Magazine Luiza (SA:MGLU3), Arezzo (SA:ARZZ3), EDP (SA:ENBR3) e Porto Seguro (SA:PSSA3). No exterior, Electronic Arts (NASDAQ:EA), Kellog, Mastercard, Pfizer, BP e Airbus.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2805 / 1,37 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,137%
Dólar / Yen : ¥ 113,29 / 0,097%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,023%
Dólar Fut. (1 m) : 3272,97 / 0,59 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,02 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,89 % aa (0,51%)
DI - Janeiro 21: 9,19 % aa (0,99%)
DI - Janeiro 25: 10,15 % aa (0,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,55% / 74.800 pontos
Dow Jones: -0,36% / 23.349 pontos
Nasdaq: -0,03% / 6.699 pontos
Nikkei: 0,00% / 22.012 pontos
Hang Seng: -0,32% / 28.246 pontos
ASX 200: -0,17% / 5.909 pontos
ABERTURA
DAX: 0,000% / 13229,57 pontos
CAC 40: 0,128% / 5500,68 pontos
FTSE: 0,324% / 7512,08 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 75302,00 pontos
S&P Fut.: 0,179% / 2572,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,273% / 6241,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,07% / 86,22 ptos
Petróleo WTI: 0,09% / $54,20
Petróleo Brent:0,03% / $60,92
Ouro: -0,08% / $1.275,30
Minério de Ferro: -0,21% / $60,40
Soja: -0,22% / $18,43
Milho: -0,14% / $348,50
Café: -0,71% / $125,05
Açúcar: -0,68% / $14,64