Que fim levou?
Agradeço a todos que participaram do quiz de ontem e aproveitaram para encaminhar felicitações pelo aniversário de 5 anos da Empiricus. Agradeço até mesmo àqueles (vários) que chutaram “Ademir da Guia” (po, o Divino? Viagem total), “Falcão” ou “Denilson”, entre outros, e, infelizmente, passaram longe...
O craque na foto do desafio “Que fim levou” era Osmar Fortes Barcellos, o Tesourinha, ídolo do Internacional-RS nos anos 40. Resposta publicada e premiação encaminhada aos mais de 200 acertadores, dou o desafio por encerrado.
Lembrando que a promoção desta terça-feira na semana especial de aniversário Empiricus já está valendo...
Os bancos vão muito bem, obrigado
Depois de uma sexta-feira eufórica e uma véspera de ponderações, os mercados enfrentam uma sessão mais morosa...
Na Bolsa brasileira, destaque total para as ações de bancos, que dominam a ponta positiva do Ibovespa.
Ué, esqueceram da vitória da Dilma?
Quem diria, os tão demonizados bancos, agora agraciados com o (não menos demonizado) aumento de juros, são exceção a um contexto extremamente negativo...
Em um trimestre de crescimento pífio, com extrema volatilidade de câmbio e impacto negativo de eventos extraordinários como Copa e eleições, que vem vitimando praticamente todos os setores, os resultados de bancos só têm a comemorar.
Depois dos R$ 4 bilhões de lucro do Bradesco, o Itaú soltou um resultado de... Itaú.
Lucro de R$ 5,4 bilhões significa um retorno sobre o patrimônio líquido anualizado de 24,5%. Ou seja, um resultado extraterrestre.
Par que é par
Os resultados do terceiro trimestre não capturam o novo ciclo de aperto monetário, que beneficia quem opera com os maiores spreads...
Quem opera os maiores spreads?
Itaú e Bradesco.
Interessante que as ações do Itaú subiram quando o Bradesco soltou bons resultados, prenúncio de bons resultados para ele também, e, agora, as ações do Bradesco sobem na esteira dos resultados do Itaú, que confirmou os bons resultados...
É o tal do diferencial de valuation relativo. Par que é par anda de mãos dadas.
03:10- A troca de ações que realmente vale a pena
Poxa, mas e o Santander? As units SANB11 também sobem com a divulgação de seus (próprios) resultados.
Será Santander um par (de fato) de Itaú e Bradesco?
Contra os 24,5% de ROE do Itaú e os mais de 20% do Bradesco, o Santander apurou metade (11,6%), com sua carteira de crédito crescendo 5,6% ao ano, contra 10% do Itaú e 7,7% do Bradesco...
Importante frisar que esse comparativo perdeu relevância, pois Santander Brasil praticamente fechou o capital, ficou muito difícil (ilíquido) investir nele depois da troca das units por ações do Santander Espanha realizada na semana passada.
A matriz queria passar de 75,4% para 100% de controle da unidade do Santander Brasil, mas só conseguiu ir até 88,3%. Portanto, se você faz parte desses 11,7%, já sabe o que fazer...
... ao invés de trocar SANB11 por Santander espanhol, troque por ITUB4.
E as seguradoras vão que vão...
Adivinha quem foram os protagonistas do resultadão do Itaú...
Exato, a tesouraria e a seguradora.
Destaque especial para essa última, nicho relativamente ignorado pelos investidores, mas que vai muito bem, obrigado, em cenários de - adivinha! - juros elevados.
Como têm de estar líquidas, as seguradoras deixam, grosso modo, suas aplicações em DI. Esse resultado financeiro é, portanto, muito sensível às variações da Selic.
Nesse contexto, dentre as companhias listadas Porto Seguro (PSSA3) é a ação cuja dinâmica de negócio mais se beneficia, e seu resultado é prova disso...
O resultado financeiro da Porto continua gordo com aumento da Selic, mas a operação em si não anima. Sinistralidades de veículos seguem aumentando e esperamos uma concorrência mais incômoda em 2015. Se for para comprar PSSA com foco no resultado financeiro, melhor você investir no seu próprio portfólio multimercados a grana que usaria para comprar ações.
A propósito, você deu uma olhada no resultado do BB Seguridade?