A Revolução Árabe que Pode Ajudar o Petróleo

Publicado 07.11.2017, 08:22
Atualizado 08.01.2024, 17:49
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A situação parece se tornar cada vez mais crítica na Arábia Saudita, desde de que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman assumiu uma luta contra a corrupção, até como forma de consolidar seu poder.

O príncipe é jovem, tem formação e vivencia no exterior e um reformista de mão de ferro, tem expurgado uma parcela significativa daqueles que considera atrasados e tem apoio inclusive dos clérigos do país.

Nem o bilionário príncipe Al-Waleed bin Talal, neto do fundador do Estado, Ibn Saud se livrou das acusações. Famoso nos anos 80 por diversos investimentos nos EUA, entre eles Apple, CitiGroup, Four Seasons, Pepsi, Twitter, entre outros, Al-Waleed foi preso.

Apesar de seguirem linhas semelhantes, onde o príncipe herdeiro também advoga pelos direitos das mulheres, onde articulou a possibilidade delas dirigirem carros e frequentarem estádios, Mohammed não poupou ninguém no processo, do qual pretende “limpar a velha guarda” e se consolidar no poder.

O país enfrenta uma série de problemas com vizinhos, os quais podem impulsionar o mercado de petróleo mundial, como um míssil balístico lançado do Iêmen em direção à capital Riad e interceptado; a Arábia Saudita acusa o Líbano de declarar guerra e; o príncipe sênior Prince Mansour bin Muqrin morreu na fronteira com o Iêmen, após a queda de seu helicóptero.

As tensões na região tendem ao menos a estabilizar o preço internacional do petróleo nos patamares observados neste momento, próximos a US$ 60 em NY, ou até os EUA “abrirem as torneiras” do óleo de xisto novamente.

Dia de agenda econômica limitada, abre espaço para o contexto político e geopolítico global.

No Reino Unido, o índice Halifax de preços de imóveis tem resultado dentro das expectativas e crescimento absoluto de 4,5%.

Aguarda-se na agenda de hoje indicadores de varejo na Zona do Euro, mercado de trabalho e crédito nos EUA.

O foco retorna amanhã com inflações no Brasil e carta da Anfavea.

CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa sem rumo, com os futuros em NY em alta, na expectativa por grandes negócios globais, como a Qualcomm. Na Ásia, o fechamento foi positivo, puxado por ações de empresas de energia.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.

Entre as commodities metálicas a queda é generalizada, com o ouro respondendo ao dólar mais forte.

O petróleo opera com perdas em ambas as praças, após as tensões no Oriente Médio.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2519 / -1,90 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,405%
Dólar / Yen : ¥ 114,29 / 0,510%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,197%
Dólar Fut. (1 m) : 3275,35 / -1,29 %

JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,98 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,88 % aa (-0,63%)
DI - Janeiro 21: 9,28 % aa (-1,38%)
DI - Janeiro 25: 10,32 % aa (-1,53%)

BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,53% / 74.311 pontos
Dow Jones: 0,04% / 23.548 pontos
Nasdaq: 0,33% / 6.786 pontos

Nikkei: 1,73% / 22.938 pontos
Hang Seng: 1,39% / 28.994 pontos
ASX 200: 1,02% / 6.014 pontos

ABERTURA
DAX: 0,154% / 13489,58 pontos
CAC 40: -0,025% / 5505,87 pontos
FTSE: -0,155% / 7550,57 pontos

Ibov. Fut.: -0,19% / 74861,00 pontos
S&P Fut.: 0,062% / 2590,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,048% / 6310,50 pontos

COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,28% / 87,81 ptos

Petróleo WTI: -0,03% / $57,33
Petróleo Brent:-0,45% / $63,98

Ouro: -0,47% / $1.275,89
Minério de Ferro: 5,34% / $62,74

Soja: 0,81% / $18,60
Milho: -0,14% / $347,25
Café: 1,29% / $125,65
Açúcar: -0,41% / $14,59


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