O IPCA-15 ontem trouxe algumas mensagens importantes, dada a manutenção da Selic nesta semana e a perspectiva pela divulgação do relatório trimestral de inflação na próxima semana.
É nítido o peso do choque recente de oferta, principalmente em alimentos e combustíveis, além do impacto centralizado do dólar em alguns itens da cesta.
Outros indicadores já mostravam a mesma situação, porém, conforme indicado pelo CEPEA, uma série significativa de itens agropecuários já reverte o choque, com aumento significativo de oferta.
Em alguns casos, a oferta é consideravelmente maior, por se tratarem de itens estocáveis.
Neste sentido, o item alimentação deve começar a sinalizar este alívio nas próximas medidas de inflação e parte da nossa coleta preliminar dá sinais positivos.
O inverno seco preocupa ainda pelo item energia e também, a falta de transferência das recentes quedas dos combustíveis nas refinarias para as bombas demora mais do que se esperava.
O resultado inicialmente será sentido nas medidas em São Paulo, portanto, mais passiveis de surgirem no IPC-Fipe do que em outros índices, porém os resultados em julho certamente trarão tais reflexos.
Daí se imaginar como ficará a política monetária.
CENÁRIO POLÍTICO
A defesa do ex-presidente já recebeu sinais indiretos que a sua pretensa libertação, com inclusive retirada do processo não condiz com os precedentes do STF, portanto não deve ocorrer.
Ainda assim, a defesa parece receber ‘dicas’ indiretas de membros do supremo e já se realinha, levando em conta tais posicionamentos, muitas vezes colocados de maneira pública.
O que se busca agora, a falta de esperança da extinção do processo é a prisão domiciliar, que traria de volta a visibilidade tão almejada para um possível plano B eleitoral.
Enquanto isso, parte do centro busca um nome, se dividindo entre Marina e Alckmin, este último mais cortejado pelo DEM.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY em queda no S&P e alta no Nasdaq, na expectativa pela reunião da OPEP e a guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi misto.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com a reunião da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 7%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7681 / -0,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,345%
Dólar / Yen : ¥ 110,16 / 0,155%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,370%
Dólar Fut. (1 m) : 3761,33 / -0,28 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,96 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,67 % aa (0,23%)
DI - Janeiro 21: 9,74 % aa (0,72%)
DI - Janeiro 25: 11,89 % aa (1,11%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,84% / 70.075 pontos
Dow Jones: -0,80% / 24.462 pontos
Nasdaq: -0,88% / 7.713 pontos
Nikkei: -0,78% / 22.517 pontos
Hang Seng: 0,15% / 29.339 pontos
ASX 200: -0,11% / 6.225 pontos
ABERTURA
DAX: 0,424% / 12564,91 pontos
CAC 40: 0,857% / 5361,55 pontos
FTSE: 0,827% / 7618,91 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 70594,00 pontos
S&P Fut.: 0,461% / 2765,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,390% / 7266,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,53% / 86,86 ptos
Petróleo WTI: 1,17% / $66,31
Petróleo Brent:1,31% / $74,01
Ouro: 0,20% / $1.269,67
Minério de Ferro: -0,12% / $64,93
Soja: -0,95% / $16,60
Milho: 0,14% / $357,25
Café: -0,92% / $113,75
Açúcar: 1,18% / $12,02