O pacote americano que não veio, o peso das techs no mercado global e um breve aumento dos pedidos de auxílio desemprego nos EUA foram os elementos suficientes para quebrarem um ritmo positivo que se desenhava nos mercados internacionais e atingiu globalmente os ativos.
Além da reversão do humor acompanhada localmente, incrementando a desvalorização do Real frente ao dólar, a ausência de novidades sobre um pacote de liquidez americano foi seguida de declarações de Mnuchin, secretário de tesouro americano em defesa do dólar, ou seja, fortalecendo a divisa.
Hoje, sequer a série de dados europeus positivos de varejo e PMI parecem suficientes para reverter a correção em vista, alimentados por eventos geopolíticos, como Pequim anunciando a revogação da licença do consulado-geral dos EUA na cidade de Chengdu, no sudoeste da China, ordenando que interrompesse as operações.
É uma retaliação em reciprocidade ao fechamento do consulado chinês em Houston, mas aparentemente, a China tem interesse bastante limitado em que o evento escale ainda mais, em vista à estranheza causada por funcionários do consulado chinês em destruir documentos.
Na Europa, a falta de consenso de um acordo potencial da relação do bloco europeu e o Reino Unido estende o Brexit até setembro e o parlamento europeu continua relutante em “premiar” a saída britânica com uma série de facilidades, para evitar que o mesmo ocorra em outros países.
A Itália, potencial detrator do bloco receberá a maior parcela do pacote de € 750 bi e ficará ‘amarrada’ à União Europeia por no mínimo 30 anos em meio aos empréstimos e doações recebidas.
Localmente, o IPCA-15 chama a atenção dos investidores em meio a renovadas pressões inflacionárias, principalmente em transportes e alimentação, revertendo em partes o contexto benigno observado em meio à pandemia.
Devido ao consenso, pouco deve mudar em termos de perspectivas de política monetária, sendo que o IPCA fechado de julho e o potencial de agosto devem chamar mais atenção.
Verizon, AIA, Honeywell, Mapfre, estão entre os destaques da agenda corporativa internacional.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com correção dos ativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com os investidores ainda cautelosos com as tensões EUA-China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas generalizadas, destaque à platina.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, na expectativa por um dólar global mais fraco.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,53%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2138 / 1,88 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,000%
Dólar / Yen : ¥ 106,33 / -0,505%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,039%
Dólar Fut. (1 m) : 5190,63 / 1,68 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 2,97 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,07 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 5,58 % aa (0,54%)
DI - Janeiro 27: 6,43 % aa (0,63%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,9142% / 102.293 pontos
Dow Jones: -1,3090% / 26.652 pontos
Nasdaq: -2,2857% / 10.461 pontos
Nikkei: -0,58% / 22.752 pontos
Hang Seng: -2,21% / 24.705 pontos
ASX 200: -1,16% / 6.024 pontos
ABERTURA
DAX: -1,361% / 12924,95 pontos
CAC 40: -1,140% / 4976,39 pontos
FTSE: -0,864% / 6157,78 pontos
Ibov. Fut.: -1,96% / 102304,00 pontos
S&P Fut.: -1,164% / 3227,60 pontos
Nasdaq Fut.: -0,645% / 10481,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,29% / 67,93 ptos
Petróleo WTI: 1,12% / $41,50
Petróleo Brent: 1,11% / $43,81
Ouro: 0,10% / $1.889,56
Minério de Ferro: -0,24% / $107,78
Soja: 0,03% / $906,50
Milho: -0,15% / $327,50 $327,50
Café: -0,70% / $106,80
Açúcar: -0,68% / $11,69