O que dizer quando seus melhores e mais bem treinados soldados pedem baixa no auge da sua forma e carreira militar?
Que eles perderam a fé em seus antigos generais e isso não é deserção, é quebra na cadeia de comando.
Bruno Funchal e Jefferson Bittencourt fora da equipe econômica não é um evento que se possa dizer inesperado, onde diversos outros de membros de menor escalão já fizeram o mesmo caminho, conforme o controle fiscal por parte de Guedes ia se esvaindo.
A primeira perda significativa foi Mansueto Almeida, provavelmente um dos membros de maior conhecimento e tecnicidade do governo, porém o mesmo já indicava que o faria por razões pessoais e o momento de sua saída realmente indica isto.
Já as saídas de Funchal e Bittencourt, além de uma série de membros de outros ministérios aos quais não está se dando tanta atenção é a mostra de que a fissura no governo não pode ser desprezada e o abandono da âncora fiscal tende a cobrar ainda mais cabeças.
Guedes sempre se comportou como um contraponto aos rompantes de gastos de Bolsonaro e dava, especialmente aos investidores, a segurança de que tudo seguiria o script do fiscal controlado e da busca pelas reformas.
Neste momento, o ministro infelizmente age como tesoureiro de campanha, na busca incessante por recursos para garantir programas de forte impacto eleitoral, na tentativa da recondução do incumbente.
Algo como “a reeleição agora, a economia vemos depois” parafraseando do que se criticava no início da pandemia.
O expediente de “contabilidade criativa” para ajustar espaço para maiores gastos, aumento de impostos, sem uma reforma tributária decente e o abandono da busca por uma reforma administrativa decente se unem à tentativa de conter a greve dos caminhoneiros, cedendo, por exemplo, com R$ 400 que ainda nem se sabe a origem.
É o tudo ou nada pela reeleição e que pode não surtir o efeito desejado.
Atenção hoje à grande série de PMIs no exterior, dados do setor externo no Brasil, além da continuidade da divulgação de balanços corporativos, agora iniciado também no Brasil, com os balanços de Romy e Hypera (SA:HYPE3).
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com foco em balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, após a Evergrande indicar que vai pagar juros devidos sobre seus bonds, disparando as ações da empresa.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com a especulação global ainda em andamento.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,47%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,6612 / 1,13 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,103%
Dólar / Yen : ¥ 113,76 / -0,035%
Libra / Dólar: US$ 1,38 / 0,102%
Dólar Fut. (1 m) : 5669,98 / 2,22 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 9,75 % aa (5,63%)
DI - Janeiro 23: 10,48 % aa (5,86%)
DI - Janeiro 25: 11,49 % aa (5,41%)
DI - Janeiro 27: 11,80 % aa (4,70%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -2,7543% / 107.735 pontos
Dow Jones: -0,0176% / 35.603 pontos
Nasdaq: 0,6218% / 15.216 pontos
Nikkei: 0,34% / 28.805 pontos
Hang Seng: 0,42% / 26.127 pontos
ASX 200: 0,00% / 7.415 pontos
Abertura
DAX: 0,678% / 15577,38 pontos
CAC 40: 1,037% / 6755,48 pontos
FTSE: 0,414% / 7220,06 pontos
Ibovespa Futuros: -2,52% / 108661,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,02% / 4541 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,375% / 15435,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,64% / 103,85 ptos
Petróleo WTI: 0,34% / $82,84
Petróleo Brent: 0,52% / $85,15
Ouro: 0,51% / $1.793,75
Minério de ferro: 0,51% /$ $122,89
Soja: 0,31% / $1.227,50
Milho: 0,70% / $536,75
Café: 0,91% / $205,35
Açúcar: 0,53% / $19,00