Os olhos do mercado se voltam ao IPCA, após o que foi considerado por muitos, uma ata dura com os juros (hawkish), enquanto mantemos a leitura semelhante à ata anterior.
Neste sentido, o COPOM buscou comunicar conjuntamente tudo que poderia afetar a inflação, a economia e os mercados em um só documento, ainda que bem menos em modo de pânico como o anterior, ao mesmo tempo em que o cenário de referência se mostra até positivo.
As “próximas altas”, como o BC mesmo citou, pode ser “a próxima alta” a depender do cenário, que tem ainda nos combustíveis o grande fiel da balança, que pode ser positivo ao surgir um possível acordo nuclear com o Irã e o fiscal pode ser negativo no médio prazo, com a aprovação da PEC dos combustíveis.
Este último ponto é o tal fiscal que o COPOM repetidamente cita em seus comunicados como um dos principais riscos para a inflação e o qual a classe política faz total questão de ignorar solenemente.
Quanto à inflação, dados mais recentes mostram que existe alguma pressão regional, mas que o computo geral do Brasil tem sinalizado menor inflação quando comparado com o mês de janeiro.
Alimentos continuam desafiadores, apesar de quedas recentes de uma série de itens da cesta básica, com especial impacto da alimentação fora do lar, tendo o período de férias como um importante impulsionador.
No restante, o peso de transportes continua na berlinda, pois apesar da elevação de preços da gasolina na Petrobras (SA:PETR4) e a defasagem considerável com o combustível internacional, a mistura com o etanol finalmente produziu um efeito de redução do preço, em vista às quedas recentes.
As colheitas de cana foram beneficiadas pelas chuvas, assim como a ausência de qualquer possibilidade de encarecimento da bandeira tarifaria de energia elétrica, preservando em partes os custos de habitação.
Portanto, atenção hoje ao IPCA, vendas ao varejo de dezembro de 2021 e estoques ao atacado nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos balanços de grandes empresas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, puxados por Hong Kong e com destaque para a alta quase 6% do Softbank (T:9984) no Nikkei.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, mercado positivo, exceto minério de ferro e cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com as negociações EUA-Irã e maior oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,89%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2596 / 0,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,149%
Dólar / Yen : ¥ 115,42 / -0,104%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,295%
Dólar Fut. (1 m) : 5293,39 / -0,06 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,12 % aa (1,13%)
DI - Janeiro 24: 11,55 % aa (1,58%)
DI - Janeiro 26: 11,12 % aa (1,37%)
DI - Janeiro 27: 11,26 % aa (1,26%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,2126% / 112.235 pontos
Dow Jones: 1,0591% / 35.463 pontos
Nasdaq: 1,2756% / 14.194 pontos
Nikkei: 1,08% / 27.580 pontos
Hang Seng: 2,06% / 24.830 pontos
ASX 200: 1,14% / 7.268 pontos
ABERTURA
DAX: 1,476% / 15467,35 pontos
CAC 40: 1,472% / 7131,89 pontos
FTSE: 0,572% / 7610,38 pontos
Ibov. Fut.: 0,16% / 112410,00 pontos
S&P Fut.: 0,74% / 4546 pontos
Nasdaq Fut.: 0,957% / 14873,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,01% / 108,92 ptos
Petróleo WTI: -0,08% / $89,29
Petróleo Brent: -0,28% / $90,53
Ouro: 0,08% / $1.827,35
Minério de Ferro: -1,73% / $148,83
Soja: 0,65% / $1.579,25
Milho: 0,79% / $637,25
Café: 0,08% / $249,15
Açúcar: 0,17% / $18,11