O que fez um dia de paz no Mercado.
Sem a série de ruídos políticos, a primeira sessão da semana experimentou um período de recuperação dos ativos e de alívio de pressões, voltando as atenções aos indicadores econômicos.
Para hoje, o presidente da Petrobras (SA:BRDT3), Joaquim Silva e Luna deve comparecer numa comissão geral da Câmara dos Deputados para explicar as altas mais recentes de gasolina, diesel e gás, no que seria inicialmente uma reunião da comissão de Minas e Energia.
Durou pouco, mas a pretensa paz no mercado foi momentaneamente quebrada com o presidente da câmara, Arthur Lira, citando a reunião e concluindo com a frase “os brasileiros são seus acionistas”, remontando a clássica possibilidade de pedidos de intervenção de preços na empresa.
Não há novidades nos motivos pelos quais há uma pressão constante dos preços de combustíveis no Brasil, onde a demanda devido às reaberturas foi impactada por uma série de problemas globais de oferta, produção limitada a OPEP+, mas acima de tudo, a volatilidade cambial.
Como já citamos em diversas ocasiões, inclusive em artigos nas redes sociais, a volatilidade cambial acaba por prestar o papel de fixar a valorização de uma série de bens ‘para cima’, devido às incertezas criadas pela falta de previsibilidade da moeda.
É a criação constante de patamares positivos de preços, onde o desconto de alívios temporários se converte em redução do achatamento das margens de lucros, ou seja, não é transferido para a ponta final, o consumidor.
Daí a importância da previsibilidade que tanto prega o mercado financeiro, pois acima de tudo, afeta primariamente a economia real, criando as reações e os impactos nos ativos negociados no mercado.
Saindo de menos de US$ 20, tais preços têm tido peso global, como nas inflações a serem observadas hoje no CPI nos EUA, ainda assim, em termos médios, opera em níveis semelhantes aos de maio deste ano e abaixo dos US$ 86 de outubro de 2018.
A diferença vem na volatilidade do câmbio e eis o ponto para o Brasil.
Volatilidade = Política.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela inflação nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com quedas nas bolsas chinesas, com temores da construtora Evergrande.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com temores de mais uma tempestade nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,36%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,2157 / -0,59 %
Euro / Dólarr : US$ 1,18 / 0,000%
Dólar / Iene : ¥ 110,09 / 0,055%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,145%
Dólar Futuro. (1 m) : 5246,16 / -0,40%
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,68 % aa (-1,36%)
DI - Janeiro 23: 9,15 % aa (-0,11%)
DI - Janeiro 25: 10,13 % aa (-0,49%)
DI - Janeiro 27: 10,49 % aa (-0,85%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 1,8531% / 116.404 pontos
Dow Jones: 0,7568% / 34.870 pontos
Nasdaq: -0,0656% / 15.106 pontos
Nikkei: 0,73% / 30.670 pontos
Hang Seng: -1,21% / 25.502 pontos
ASX 200: 0,16% / 7.437 pontos
Abertura
DAX: 0,093% / 15715,99 pontos
CAC 40: -0,488% / 6644,32 pontos
FTSE 100: -0,297% / 7047,42 pontos
Ibovespa Futuros: 1,93% / 116871,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,238% / 4468,90 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,021% / 15442,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,15% / 97,82 ptos
Petróleo WTI Futuros: 0,54% / $70,99
Petróleo Brent: 0,76% / $74,12
Ouro: -0,34% / $1.787,38
Minério de ferro: -1,11% / $129,66
Soja: -0,22% / $1.272,50
Milho: 0,05% / $497,00
Café: -0,67% / $184,35
Açúcar: 0,42% / $19,04