Semana de agenda macroeconômica pesada, tanto no Brasil quanto no exterior, pautada pela questão política também em nível local e nível global.
A decisão do COPOM com expectativa unanime de corte de 50 bp terá um foco menor do que o comunicado, onde entendemos que o comitê deve deixar em aberto a decisão de 2018 em vista às incertezas políticas que permeiam a aprovação da reforma da previdência.
Mais do que lógico, ao não se comprometer com nenhum movimento, o BC reforça o que tem alertado mais do que constantemente sobre a necessidade premente de reformas e o apoio aos movimentos da equipe econômica.
No exterior, a primeira vitória relevante de Trump com a aprovação da reforma tributária tende a manter o mercado em ritmo positivo, porém gera dúvidas quanto ao futuro dos juros nos EUA.
Nesta semana, atenção ao mercado de trabalho nos EUA, inflações e atividade econômica no Brasil.
CENÁRIO POLÍTICO
Pelo discurso, o jantar foi bom. Passada o encontro em que Temer reunião líderes e deputados do DEM, PP, PTB, PSC, PSDB e PRB, o discurso soa mais otimista para a aprovação da reforma da previdência, ao menos o primeiro turno.
A expectativa por 320 votos, uma margem importante neste momento, pode se concretizar, segundo alguns deputados, entre os dias 12 e 14.
Aparentemente, os congressistas nunca trabalharam tanto ao ponto de se considerar votações no mês de janeiro, dentro do recesso parlamentar.
Em semana de COPOM, tais avanços são o fiel da balança para que o recorde de baixa dos juros brasileiros seja quebrado mais de uma vez.
Nos EUA, Trump e seu plano de impostos tem viés positivo ao mercado, porém não impedem os avanços, cada vez mais intensos das investigações do conluio com os russos na eleição de 2016.
A dúvida é se o atual presidente aproveitará da sua primeira ação relevante neste governo.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY tem alta após a aprovação da reforma tributária nos EUA. Na Ásia, o fechamento foi negativo na sua maioria, puxado pela correção dos ativos.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em alta em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, alta é observada em somente no minério de ferro, em forte alta nos portos chineses.
O petróleo opera com perdas em ambas as praças, após o aumento de novas extrações nos EUA.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2578 / -0,32 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,336%
Dólar / Yen : ¥ 112,88 / 0,633%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,312%
Dólar Fut. (1 m) : 3262,27 / -0,80 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,82 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,74 % aa (-0,39%)
DI - Janeiro 21: 9,32 % aa (-0,64%)
DI - Janeiro 25: 10,63 % aa (-0,37%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,41% / 72.264 pontos
Dow Jones: -0,17% / 24.232 pontos
Nasdaq: -0,38% / 6.848 pontos
Nikkei: -0,49% / 22.707 pontos
Hang Seng: 0,22% / 29.138 pontos
ASX 200: -0,07% / 5.986 pontos
ABERTURA
DAX: 1,178% / 13012,96 pontos
CAC 40: 0,890% / 5364,23 pontos
FTSE: 0,755% / 7355,62 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72418,00 pontos
S&P Fut.: 0,492% / 2656,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,292% / 6364,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,02% / 86,49 ptos
Petróleo WTI: -1,01% / $57,77
Petróleo Brent:-0,86% / $63,18
Ouro: -0,51% / $1.274,09
Minério de Ferro: 3,33% / $70,43
Soja: 0,70% / $18,60
Milho: 0,29% / $345,50
Café: -1,10% / $126,15
Açúcar: -0,53% / $14,90