A Alpargatas (SA:ALPA4) divulgou seu resultado do 4T16 e do acumulado do exercício, ambos acima do esperado pelos analistas de investimento.
Em sandálias a empresa realizou a venda de 75 milhões de pares, sendo 69 milhões colocados no Brasil no 4T16. Com isto a empresa mostrou crescimento de 12% em relação ao 4T15 em suas vendas físicas. Vale (SA:VALE5) destacar que a redução da receita líquida consolidada veio por conta do faturamento no exterior, notadamente na Argentina, que apesar de um reajuste médio de 25,6% nos preços compensou em parte a queda de volume e na desvalorização de 44,5% do peso (vs o 4T15).
O negócio Calçado representou 68% da receita do 4T16 (69% no 4T15) e o Têxtil, 32% (31% no 4T15). A queda do faturamento foi minimizada pelo crescimento de volume de vendas e do aumento de 6,6% no preço médio de sandálias no Brasil.
No acumulado de 2016 o volume consolidado atingiu 255 milhões, ou +7,4% sobre 2015. Em termos de faturamento, a Alpargatas registrou vendas líquidas de R$ 1 bilhão no 4T16, -4% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.
No acumulado do ano a receita líquida foi R$ 4 bilhões, alta de 0,4% na comparação com 2015, impactada pelo crescimento de 12,1% na receita gerada no Brasil. Destaque foi o aumento de 19,6% no faturamento do negócio Sandálias no País, decorrente do preço médio maior e dos incrementos de 11,5% e 13,6% no volume de sandálias e no de produtos de extensão de Havaianas, respectivamente.
O saldo Ebitda mostrou evolução, explicada pelo aumento da lucratividade bruta e pela maior produtividade das despesas comerciais, gerais e administrativas no Brasil. No 4T16 o saldo ficou em R$ 166 milhões (margem de 15,6%) e +15% sobre o 4T15 (margem de 13%).
Em 2016 o Ebitda atingiu R$ 596 milhões, montante 5,8% superior ao de 2015, com crescimento especificamente no Brasil, de 42,5%. A margem, de 14,7%, subiu 0,7%. No desempenho consolidado da Alpargatas do 4T16 o destaque foi a evolução do lucro líquido, que somou R$ 102,6 milhões.
Desconsiderando-se o valor das despesas com a mudança de controle, o lucro líquido cresceu 44,3%, sendo a geração de EBITDA o fator que mais contribuiu para essa evolução. No ano o resultado final ficou em R$ 358 milhões, com margem líquida de 8,8% e um montante 31% acima do contabilizado em 2015.
Vale destacar que no Brasil, o crescimento do volume de sandálias demandado foi acima do esperado no 4T16, o que levou a empresa a acelerar sua produção e acabou distorcendo o seu nível de estoque junto a distribuidores. Apesar do sucesso de vendas no final do ano, a estratégia utilizada deve impor um ajuste natural de inventário na rede durante o 1T17, impactando as vendas.
A Companhia espera que essa situação já esteja normalizada no início do 2T17
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