Mesmo com a inflação ao atacado nos EUA ontem acima das expectativas, o mercado manteve o ritmo de correção e já superou as perdas do episódio dos fundos de parity risk, ao menos curto prazo.
Na ata do COPOM, finalmente a questão política endereçada diretamente como responsável pela pausa no ciclo de afrouxamento monetário, porém talvez um tanto tarde para sensibilizar a classe política, principalmente em ano de eleição.
Ainda assim, o contexto inflacionário mais do que abre espaço para mais um corte ao menos, motivo pelo qual não alteramos nossa projeção de juros para 2018 em 6,5% aa.
Além do contexto macroeconômico permitir, com indicadores de atividade econômica ainda considerados controlados, os juros restam como o ultimo instrumento crível de política econômica, em meio ao cenário fiscal desafiador.
No contexto internacional, os riscos se avolumam com o fim dos programas de alívio quantitativo, algo que deve ocorrer, porém ao final desta ano e início do próximo, ou seja, ainda um cenário positivo para emergentes como o Brasil.
CENÁRIO POLÍTICO
Sem Huck, ao menos um jogador do xadrez político está fora e começam a se reduzir as chances de um pleito semelhante ao de 1989, onde 22 candidatos de acotovelaram pelo voto no primeiro presidente democraticamente eleito em 25 anos.
Mesmo com o ex-presidente também pretensamente fora do jogo, o candidato ideal ao mercado na figura de Alckmin ainda não ganhou folego sequer em São Paulo, seu maior colégio eleitoral.
Atrasos nos metrôs, gestão desastrosa da educação estão entre os pontos que jogam contra o governador, o qual porém é conhecido pela gestão fiscal responsável e a pretensa falta de envolvimento com corrupção.
Os investidores ainda aguardam o candidato ideal, com viés reformista, numa linha mais liberal, porém com potencial eleitoral forte.
Este unicórnio ainda não surgiu nas fileiras dos partidos.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com os futuros NY em alta, mesmo após a indicação de inflação acima das expectativas nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo o rally das bolsas no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque ao ouro com o dólar mais fraco e o minério de ferro na China.
O petróleo em alta na abertura, com o compromisso dos árabes em continuar com o corte de produção.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 2,6%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2317 / 0,22 %
Euro / Dólar : US$ 1,25 / 0,200%
Dólar / Yen : ¥ 106,00 / -0,122%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / 0,028%
Dólar Fut. (1 m) : 3242,68 / -0,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,66 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,83 % aa (-0,76%)
DI - Janeiro 22: 9,22 % aa (-0,11%)
DI - Janeiro 25: 9,95 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,90% / 84.291 pontos
Dow Jones: 1,23% / 25.200 pontos
Nasdaq: 1,58% / 7.256 pontos
Nikkei: 1,19% / 21.720 pontos
Hang Seng: 1,97% / 31.115 pontos
ASX 200: -0,08% / 5.904 pontos
ABERTURA
DAX: 0,954% / 12464,01 pontos
CAC 40: 0,963% / 5272,83 pontos
FTSE: 0,837% / 7295,37 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85073,00 pontos
S&P Fut.: 0,446% / 2746,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,484% / 6849,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,28% / 88,50 ptos
Petróleo WTI: 0,77% / $61,81
Petróleo Brent:0,78% / $64,83
Ouro: 0,50% / $1.360,42
Minério de Ferro: 0,12% / $76,76
Soja: 0,72% / $18,87
Milho: -0,07% / $367,75
Café: 0,25% / $121,90
Açúcar: -0,07% / $13,60