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Apertem os cintos, a volatilidade ainda não acabou no gás natural

Publicado 03.11.2022, 09:50
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • Quatro dias consecutivos de oscilações de dois dígitos no contrato futuro mais ativo do centro de distribuição de Henry, da Nymex.
  • Todos os olhos voltados à reabertura das instalações de GNL de Freeport.
  • Modelos meteorológicos dos EUA e da Europa emitem previsões confusas.
  • Apertem os cintos, a alta volatilidade do mercado de energia mostrou as caras novamente!

    Já são bem conhecidas as fortes oscilações de preços do gás natural. Mas os movimentos de dois dígitos no contrato futuro mais ativo do centro de distribuição de Henry pode revirar o estômago de alguns operadores.

    Gás natural diário

    A alta volatilidade deverá ser a característica mais marcante do mercado futuro do gás na Bolsa Mercantil de Nova York, diante do cabo de guerra entre os vetores de alta e de baixa.

    Após disparar quase 12% na segunda-feira, alcançando a região dos US$ 6,30 por mmBtu, o contrato futuro do gás para dezembro na Nymex reverteu completamente o movimento no dia seguinte, devolvendo 64,1 centavos e fechando a US$ 5,714/MMBtu.

    Na quarta-feira, o mercado voltou a subir, negociado perto de US$ 6,10/MMBtu, com os modelos meteorológicos mostrando uma possível chegada de temperaturas abaixo da média durante a primeira quinzena de novembro.

    Parte da atividade de queda dos preços na terça-feira deveu-se à baixa demanda por exportação de gás natural liquefeito (GNL) nos EUA. De fato, houve um declínio um pouco maior que 11 bilhões de pés cúbicos por dia (bpc/d), após um período de quatro dias de manutenção nos gasodutos até Sabine Pass, o que reduziu os volumes no terminal para uma capacidade de 78%.

    Outra situação que intensificou o sentimento negativo no mercado envolveu o iminente retorno do terminal de exportação de GNL de Freeport, o que deve aumentar a oferta de gás em 2 bpc/d.

    A expectativa é que esse volume comece a entrar no mercado no início de novembro e continue aumentando até a capacidade total no fim do mês. No entanto, até 1 de novembro, a instalação ainda não havia divulgado qualquer informação em relação ao plano oficial de retomada das operações perante a Administração de Tubulações e Segurança de Materiais Perigosos dos EUA, indicando que a abertura do terminal pode sofrer um atraso.

    Isso acabou sendo interpretado como uma notícia negativa para os preços futuros do gás na Nymex, já que havia a expectativa de que a reabertura do terminal de Freeport pudesse fazer a demanda diária de gás atingir novamente as máximas recordes no fim de novembro.

    As flutuações nos principais modelos de previsão climática também influenciaram a venda de gás na Nymex na terça-feira. Isso se aplicou especialmente ao Sistema Global de Previsão (SGP), o qual sugeriu que as temperaturas poderiam ser moderadas em todos os Estados Unidos, com condições sazonais mais normais.

    Entretanto, o SGP vem emitindo previsões climáticas erráticas nos últimos dias, tornando difícil avaliar a intensidade das condições de ar frio com base nesse modelo específico.

    O modelo ECMWF da Europa tem mostrado uma cautela maior, com uma previsão mais consistente de um cenário mais frio.

    Previsão climática

    Fonte: Gelber & Associates

    Na terça-feira à noite, o ECMWF apresentou um perfil de temperatura em quase todo o país em tons verdes e azuis, o que sinalizaria uma disparada na demanda de gás, caso se concretizasse a previsão de frio na primeira quinzena de novembro. Essa previsão ajudou a fazer com que o contrato mais ativo do gás futuro na Nymex subisse na quarta-feira.

    Alan Lammey, analista da consultoria de mercados de gás Gelber & Associates, sediada em Houston, afirmou que espera uma “considerável volatilidade de preços no futuro próximo”. Ele disse ainda:

    “Os modelos de previsão climática, principalmente o SGP, provavelmente continuarão apresentando perspectivas de temperatura pouco consistentes, provocando reações instintivas nos preços futuros do gás”.

    “Não se pode descartar um retorno dos preços para US$ 6,40/MMBtu caso se concretize a previsão de clima frio. O sentimento será ainda mais altista se as instalações de GNL de Freeport conseguirem retomar rapidamente as operações”.

    No entanto, se os modelos climáticos do SGP e ECMWF acabarem recuando em relação à projeção de clima frio na primeira quinzena de novembro e caso a reabertura do terminal de GNL de Freeport seja postergada para o fim de novembro ou dezembro, isso poderia incentivar uma venda maior de contratos futuros na Nymex até a região de US$ 5,20/MMBtu ou até menos.

    O analista técnico de commodities Sunil Kumar Dixit tinha uma visão similar.

    “Os indicadores de momento parecem hesitantes em relação a qualquer repique, o que indica que o potencial de alta é limitado”, ressaltou Dixit.

    Ele disse ainda que um fundo duplo no gráfico semanal a US$ 5,31 e 5,35 pode abrir caminho para uma alta até US$ 6,77, seguido de 7,32.

    No entanto, se os preços perderem o patamar de US$ 5,30, com um aumento de volume, a expectativa é que haja um rápido reteste de US$ 5,15 e 5,0.

    “A perspectiva de médio prazo indica uma situação mais difícil na ponta compradora, caso haja um rompimento sustentado do nível psicológico de US$ 5, aumentando a pressão de queda para US$ 4,30 e 3,80 por um período prolongado”.

    Dixit disse ainda que, se os níveis de US$ 5,35 e 5,88 forem mantidos, “a perspectiva para os compradores melhoraria consideravelmente".

    Analistas do Schork Report disseram, em uma publicação de blog no site naturalgasintel.com, que a montanha-russa nos preços desta semana indica que o mercado aguarda ansiosamente pela “forte frente fria” desta estação.

    O analista sênior do EBW AnalyticsGroup, Eli Rubin, declarou que a última projeção de clima frio em meados de novembro poderia fazer com que a demanda de gás aumentasse 15 bpc/d. Citando as previsões do DTN, ele observou que a transição da Oscilação Madden-Julian poderia trazer massas de ar frio para o leste até o Dia de Ação de Graças.

    “Se o mercado de gás conseguir sobreviver ao sentimento extremamente baixista no curto prazo, tudo indica que veremos um suporte mais forte no fim deste mês”, ressaltou.

    Rubin também notou que a volatilidade ainda pode continuar elevada daqui para frente, em meio a expectativas de que a Administração de Informações Energéticas informe que houve um aumento nos estoques de gás natural nos EUA durante a semana encerrada em 28 de outubro.

    Uma pesquisa da Reuters antes da divulgação desse relatório mostrou que as concessionárias norte-americanas injetaram nos estoques um volume acima do usual de 97 bpc na semana passada, diante da perspectiva de que o clima moderado reduzisse a necessidade de calefação.

    Essa injeção para a semana encerrada em 28 de outubro se compara a um aumento de 66 bcpc durante a mesma semana do ano passado e um aumento médio de cinco anos (2017-2021) de 45 bpc.

    Na semana encerrada em 21 de outubro, as concessionárias adicionaram 52 bpc de gás nos estoques.

    Se estiver correta, a previsão para a semana encerrada em 28 de outubro elevaria os estoques para 3,491 trilhões de pés cúbicos (tpc), cerca de 3,1% abaixo da média de cinco anos e 4,0% abaixo da mesma semana do ano passado.

    Na semana passada, o clima não ficou tão frio como de costume. Houve 56 graus-dia de aquecimento na semana, em comparação do um normal de 30 anos de 72 graus-dia de aquecimento para o período, segundo dados da Refinitiv .

    O método graus-dia de aquecimento mede o número de graus que a temperatura média de um dia fica abaixo ou acima de 18º C.

    Aviso: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

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