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Uma das operações mais controversas para o investidor recém-chegado à Bolsa de Valores é a operação de venda a descoberto (short).
Ao operar vendido, você ganha com a queda da cotação do ativo, o que aumenta as chances dos investidores darem atenção a isso em mercados de baixa (bear market).
Segundo um levantamento feito pela XP Investimentos (BVMF:XPBR31), as cinco empresas mais “shorteadas” com relação ao percentual das ações que estão em livre circulação e negociação na Bolsa de Valores (float) são Recrusul (BVMF:RCSL3), Movida (BVMF:MOVI3), Eztec (BVMF:EZTC3), MRV (BVMF:MRVE3) e 3R Petroleum (BVMF:RRRP3).
Setores mais sensíveis aos juros são os favoritos para os ganhos com as quedas.
Mas quando o mercado vira de forma inesperada, quais são os riscos dessa posição?
O que alguns investidores ignoram (além dos custos da operação) são os riscos associados a ela.
Os ganhos do short são limitados (a ação pode ir a zero e você surfar isso), mas as perdas são ilimitadas.
A corretora exige uma garantia que fica “travada” para assegurar que ela não fique com prejuízo caso o mercado suba rápido demais e o investidor precise zerar a posição.
O tal do “short squeeze” é mais comum do que parece, e ele pode acontecer em dois momentos: (i) pressão compradora forte ou (ii) incapacidade de investidores alugarem suas ações e precisarem recomprá-las, gerando pressão nas cotações.
Já presenciamos short squeezes memoráveis com IRB (BVMF:IRBR3) à lá GameStop (NYSE:GME) e mais recentemente com as ações de Gafisa (BVMF:GFSA3).
O investidor que vende ações a descoberto tem que aguentar alguns desaforos.
Dos principais, a possibilidade de chamada de margem (depositar mais garantias na corretora), ser amassado pelo mercado por alguma notícia positiva da empresa que você está vendido (ou quando os usuários do Reddit resolvem entrar na ponta oposta a você).
Os riscos estão na mesa e são impossíveis de serem previstos.
A imprevisibilidade faz parte do mercado, assim como a gestão do risco.
Operar vendido em uma empresa que sofre com os juros altos pode trazer bons ganhos no curto prazo, que imediatamente seriam colocados em xeque com alguma notícia positiva para o mercado (fusão, alívio no setor, fiscal controlado…).
Boa parte dos vendidos opera uma única variável, a cotação da ação, que é bastante imprevisível.
Ninguém sabe para onde o mercado vai. As ações mais vendidas hoje envolvem empresas que as cotações são sensíveis aos juros — incorporadoras e locadoras.
Em quinto lugar, temos uma posição de petróleo que gostamos bastante e que possivelmente o mercado tenta acertar que 3R não conseguirá comprar mais campos com a Petrobras (BVMF:PETR4) ou que a taxação pode impactar.
Até o momento, as negociações estão sob controle e a taxação não impacta os atuais resultados da companhia.
Mesmo se estressarmos o cenário colocando todos os impactos, ainda há muito crescimento na empresa que não está na conta.
Esse é apenas um dos exemplos do que o mercado ignora.
Mesmo assim, o mercado tenta adivinhar para onde as ações vão, o que pode ser bastante perigoso para o seu patrimônio.
É um exercício que exige muita energia para pouco resultado, por isso focamos no que podemos entender.
Investir precisa ser simples e pouco doloroso.
Aprendemos com grandes investidores (Fischer, Buffett, Graham…) que as variáveis mais “controláveis” envolvem o seu conhecimento sobre os negócios que investe e a visibilidade dos resultados futuros, casado com uma boa análise quantitativa e qualitativa da empresa.
É uma jornada longa, mas que recompensa o longo prazo.
Em janelas longas, é possível perceber no que realmente o mercado foca.
Em uma janela de oito anos, WEG (BVMF:WEGE3) tem seus preços acompanhados de seus resultados.
O que não é verdade quando olhamos para uma janela de três anos (2020 a 2023) da mesma empresa.
No curto prazo, as cotações não vão necessariamente seguir os resultados.
No curto prazo, as cotações vão reagir às recomendações do mercado, às notícias sobre o fiscal, inflação, ciclos presidenciais, guerras, pandemias… e tudo mais que você puder imaginar.
Você não será “squeezado” se não tentar acertar para onde o mercado vai.
Muito menos se não vender uma ação apostando em algum evento exógeno que pode nunca acontecer. Cuidado com o que parece "óbvio". Nunca é.
Você não terá problemas de insônia se comprar uma carteira de empresas que conhece, sabe como funcionam seus resultados e como enfrentarão o longo inverno do mercado.
Você não colocará seu patrimônio em risco se souber avaliar a assimetria do risco x retorno que se encontra em cada classe de ativos.
O mercado tenta antecipar certos movimentos, mas muitas vezes o pânico e irracionalidade tomam conta e deixam alguns bons fundamentos passarem.
Há excelentes oportunidades na renda fixa, renda variável, no Brasil e no exterior. Basta fazer a correta alocação do seu patrimônio para aproveitar cada seleção de forma racional (sem ciência de foguete).
Um grande abraço e nos vemos muito em breve.
ATIVOS: IBOV, PETR4, VALE3 (BVMF:VALE3), ITUB4 (BVMF:ITUB4), BBAS3, BBDC4 (BVMF:BBDC4), ABEV3 (BVMF:ABEV3), CMIG4 (BVMF:CMIG4), USDBRL Semana incrível para o IBOV ! Rompeu seu...
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