Mercados Globais
As reações ao comunicado do FED ao mercado, de que começará a reduzir o volume de dólares na economia, produziu efeitos limitados, mas conseguiu deter, ao menos por agora, o movimento altista das bolsas. Moedas e juros têm movimentos moderados, dentro do que já vinham apresentando há algumas semanas. Veja o gráfico dos juros dos títulos de dez anos dos EUA:
O mínimo que os juros atingiram nesse ano foi de 2,05%, após a questão militar na Coreia do Norte esquentar. A faixa de oscilação fica entre 2,10% e 2,30%. Ao receber o anúncio do FED, o mercado saiu dos 2,15% e subiu dez pontos para os atuais 2,25%. Os efeitos dessa alta sobre uma carteira de títulos de anos é relativamente baixo e não é suficiente para avaliarmos que os mercados mudaram de atitude frente aos riscos e à suas escolhas de alocação de ativos.
Outro preço que oscilou pouco, mantendo seu padrão, foi o do euro. Está sendo negociado aos R$ 1,198, rumo aos R$ 1,20 novamente.
Hoje a IHS-Markit anunciou o PMI da Zona do Euro de setembro e ele vem melhorando. O índice composto subiu para 56,7, dos 55,7 anteriores, mais alto em quatro meses. O produto da indústria atingiu 58,7, de 57,4, maior valor desde 2009 (79 meses), indicando recuperação total da indústria. Veja o gráfico do PMI:
O minério de ferro em Dalian continuou caindo hoje, atingindo US$ 70,7 a tonelada, menor valor desde agosto. A queda acumulada chega a 23% e vai empurrar para baixo os preços de Vale e das siderúrgicas. Hoje ainda será divulgado o PMI dos EUA e dois diretores do FED, membros do comitê de política monetária, devem fazer discursos.
Brasil
No Brasil, o mercado deve absorver os efeitos da nova delação de Lúcio Funaro, ex operador do PMDB. Ainda que o presidente mantenha firme sua base de apoio na Câmara, esse novo evento ocorre em momento de disputa suave entre o núcleo do presidente e o do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
A FGV divulgou a Sondagem de Expectativas do Consumidor e ela apontou uma alta de 1,4 no índice de confiança de setembro em relação a agosto. Veja o gráfico:
Após cair em agosto, a confiança do consumidor voltou a subir, engrossando as estatísticas que esboçam melhora no nível de atividades.
O dólar abriu em ligeira e os juros para 2021 estão estáveis, indicando um pregão de manutenção dos patamares da semana.