As exportações brasileiras de carne bovina seguem registrando volumes expressivos. No acumulado de janeiro a abril, foram embarcadas 537,88 mil toneladas de produtos de origem bovina, 11,73% acima da quantidade exportada no mesmo período de 2018, segundo dados da Secex. Este também tem sido o segundo melhor ano da história, atrás apenas de 2007, quando 562,74 mil toneladas de carne haviam sido embarcadas de janeiro a abril. Esse cenário é resultado do baixo custo de produção nacional frente a importantes países, à qualidade da carne, ao dólar valorizado, mas, especialmente, à demanda asiática aquecida. Especificamente em maio, as exportações brasileiras de carne bovina in natura fecharam a terceira semana em ritmo forte, somando 78,34 mil toneladas. A média diária do embarque está em 6,52 mil toneladas, acima das 5,22 mil toneladas de abril/19 e das 4,31 mil toneladas de maio/18. Quanto aos preços, as escalas mais alongadas pressionaram as cotações. O Indicador ESALQ/B3 fechou em R$ 151,05 nessa quarta-feira, 22, queda de 2,4% em relação à quarta anterior, 15.
SUÍNOS: PREÇO DO MILHO SOBE, MAS MÉDIA AINDA FAVORECE RELAÇÃO DE TROCA
Segundo levantamento do Cepea, o poder de compra de suinocultores de São Paulo e do Oeste de Santa Catarina frente ao milho aumentou em maio. Pesquisas do Cepea apontam que os preços do cereal até têm subido com certa força no mercado brasileiro nos últimos dias, mas a média da parcial de maio (até o dia 22) ainda está inferior à de abril e à do mesmo mês de 2018. Esse cenário, atrelado à firmeza nos valores de venda do animal vivo, tem favorecido a relação de troca de suíno pelo cereal. Quanto ao farelo, no estado de São Paulo, a relação de troca deste mês está melhor que a verificada em abril. Já no Oeste de Santa Catarina, as recentes desvalorizações do suíno têm desfavorecido a troca do animal pelo insumo.
ALFACE: BAIXA PROCURA E OFERTA ELEVADA PRESSIONAM VALORES
Entre 13 e 17 de maio, pesquisas do Cepea apontam que a baixa demanda pela hortaliça, devido às menores temperaturas em São Paulo, e o fraco ritmo de comercialização, que ocasionou sobras nos boxes da Ceagesp, pressionaram as cotações. Além disso, a produtividade elevada nas roças paulistas vem aumentando a entrada de mercadorias, cenário que também influencia na queda dos preços. Assim, em comparação à semana anterior, os valores da americana caíram 15,1%, com preço médio a R$ 13,00/cx com 18 unidades. De acordo com atacadistas consultados pelo Cepea, para as próximas semanas, a oferta deve continuar superando a demanda, mantendo as cotações em baixos patamares.