As exportações brasileiras de carne bovina in natura e industrializada ficaram acima de 1,8 milhão de toneladas em 2019, um recorde, segundo dados da Secex. Esse resultado esteve atrelado, especialmente, à forte demanda chinesa por proteína animal. O país asiático junto com Hong Kong foram os principais destinos da carne bovina brasileira, correspondendo por quase a metade de todo o volume enviado pelo País ao mercado internacional. Segundo dados da Secex, em 2019, China e Hong Kong, juntos, foram destino de 45,31% do total de carne bovina exportado pelo Brasil, contra 43,69% em 2018. No caso da receita, os demandantes asiáticos corresponderam por 49,86% do montante total recebido por frigoríficos brasileiros, contra pouco mais de 44% em 2018. Em termos absolutos, China e Hong Kong adquiriram 822,56 mil toneladas de carne brasileira, despendendo mais de US$ 3,5 bilhões, ainda conforme a Secex. As exportações brasileiras, especialmente à China, devem seguir aquecidas, ao menos neste primeiro semestre. Além do alto patamar do dólar – que tende a deixar a carne brasileira competitiva no mercado internacional –, as recentes e intensas queimadas na Austrália devem reduzir a oferta de carne desse país, que, vale lembrar, já foi um importante fornecedor de proteína animal à China.
SUÍNOS: EMBARQUES BRASILEIROS SÃO RECORDES EM 2019
Em 2019, as exportações brasileiras de carne suína somaram 739,7 mil toneladas e a receita, US$ 1,5 bilhão, ambos recordes da série histórica da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), iniciada em 1997. O volume de carne suína embarcado no ano passado superou em expressivos 16% o de 2018 e em 8% o de 2017, ainda segundo a Secex. No caso do faturamento em dólar, o incremento foi de 33% sobre o registrado em 2018, mas ficou 2% inferior ao de 2017. Em moeda nacional, no entanto, foram registradas altas expressivas, de 43,4% e de 33%, respectivamente. Além do volume elevado, o recorde na receita esteve atrelado ao preço médio pago pela tonelada em dólar e ao alto patamar do câmbio. De janeiro a dezembro/19, as exportações de produtos de origem suinícola tiveram preço médio de US$ 2.143,67/tonelada, 15% acima da média de 2018. Já o dólar teve média de R$ 3,94 em 2019, alta de 8% frente ao ano anterior. O destaque em 2019 foi a China, que expandiu as compras e adquiriu 248,8 mil toneladas da carne brasileira, 92,5 mil a mais que em 2018, ultrapassando Hong Kong, que, até então, era o principal parceiro comercial do Brasil. Trata-se, ainda, do maior volume comprado pelo país asiático num ano.