CENÁRIO DE MERCADO
Mais um dia de mercado positivo, dólar fraco e rendimento em alta dos títulos do tesouro americano (US Treasuries). A quebra dos 20.000 do índice Dow Jones ontem vem como resposta a parte das medidas de Trump no sentido de desregular os negócios e reduzir parte dos impostos.
Ainda não existe sinais claros de como serão os gastos com infraestrutura e além da desregulação, o restante dos pontos, como Nafta e o muro ainda geram mais dúvidas que certezas. Nesta dúvida, os investidores escolheram apostar nos ganhos de longo prazo e no possível capital “fresco” que pode adentrar ao mercado com os 20.000 pontos.
Europa e futuros em NY com aberturas positivas, assim como o fechamento na Ásia. O petróleo tenta ganhar tração com o dólar mais fraco, porém perde força com a perspectiva de aumento da produção americana.
CENÁRIO POLÍTICO
Trump começa o governo cumprindo uma série de promessas de campanha, todas através de executive orders, uma versão mais poderosa das medidas provisórias brasileiras. Apesar da reação positiva dos mercados, a insatisfação começa a surgir até mesmo nas fileiras republicanas.
Ordens como a proibição de cientistas divulgarem e discutirem publicamente seus resultados quando financiados pelo governo soaram como uma censura direta à questão do aquecimento global, ou uma maneira de “engavetar” a verdade.
Outro ponto ainda incerto e nebuloso continua a ser a política econômica, pois a perspectiva dos investidores de aceleração da economia continua a se chocar com a perspectiva protecionista, a qual inclusive pode prejudicar empresas americanas.
Enquanto as “nuvens não se dissipam”, o mercado aproveita a onda positiva e coleciona mais um recorde de alta.
Localmente, as atenções se voltam à nova fase da operação lava jato, com alvos como Sérgio Cabral, Wilson Carlos e Carlos Miranda, já presos e o empresário Eike Batista. Além deles, cumprem mandatos contra Maurício de Oliveira Cabral Santos, irmão do ex-governador, Suzana Neves Cabral, ex-mulher de Sérgio Cabral, Flávio Godinho, vice-presidente de futebol do Flamengo, Luiz Arthur Andrade Correia e Eduardo Plass.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
A agenda limitada em termos de indicadores mantém a atenção nas ações do novo governo americano e em indicadores de atividade econômica nos EUA, como os ISM e PMI, balança comercial, estoques e mercado imobiliário.
No Brasil, as atenções se voltam nota para imprensa de mercado aberto do Banco Central, com os indicadores de inadimplência.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1701 / -0,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,205%
Dólar / Yen : ¥ 113,95 / 0,591%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,024%
Dólar Fut. (1 m) : 3173,00 / -0,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,94 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,42 % aa (-0,10%)
DI - Janeiro 21: 10,62 % aa (0,09%)
DI - Janeiro 25: 10,97 % aa (-0,18%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,14% / 65.840 pontos
Dow Jones: 0,78% / 20.069 pontos
Nasdaq: 0,99% / 5.656 pontos
Nikkei: 1,81% / 19.402 pontos
Hang Seng: 1,41% / 23.374 pontos
ASX 200: 0,38% / 5.672 pontos
ABERTURA
DAX: 0,499% / 11865,01 pontos
CAC 40: 0,250% / 4889,86 pontos
FTSE: 0,033% / 7166,78 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 66347,00 pontos
S&P Fut.: 0,126% / 2296,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,272% / 5160,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,19% / 88,53 ptos
Petróleo WTI: 0,28% / $52,90
Petróleo Brent:0,85% / $55,55
Ouro: -0,56% / $1.193,92
Aço: 8,88% / $662,00
Soja: -0,19% / $19,95
Milho: -0,34% / $365,00
Café: 0,72% / $153,90
Açúcar: 0,49% / $20,45