Uma semana importante para os rumos tanto da política monetária atual, quanto futura no Brasil. Teremos divulgados a ata da última reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária), o RTI (Relatório Trimestral de Inflação) e a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional).
Neste último, poderão se definir as novas metas futuras de inflação e dado o atual contexto estrutural dos preços, com uma possível redução gradual até 3,5% aa.
A nova meta sinaliza um novo cenário tanto para a política monetária brasileira, como para a perspectiva de formação dos preços, por parte da equipe econômica.
Com isso, demonstra-se uma confiança também na normalização dos juros em níveis inferiores a dois dígitos, mesmo com metas mais apertadas de inflação.
No curto prazo, a ata do COPOM e o relatório de inflação tendem a trazer os reflexos da paralisação dos caminhoneiros e as perspectivas futuras, dado o ciclo de reabastecimento.
No curto prazo, dado também do real desvalorizado, as pressões inflacionárias ainda não cederam.
Porém, alguns pontos das medidas de inflação começam a ceder, mas dependem também de um real menos ‘atacado’ no curto prazo, para evitar um pass-through muito forte nas próximas medidas.
CENÁRIO POLÍTICO
Ainda preso.
Este é o contexto ao ex-presidente, que deve ensejar novas especulações sobre o plano B, nominalmente Haddad e como isso tende a influenciar o cenário político local.
O grande vencedor no curto prazo continua a ser Bolsonaro, afinando seus discursos ao vivo e rechaçando suas posições passadas, indicando que as pessoas ‘evoluem’, segundo palavras do próprio.
No contexto externo, Trump volta novamente a artilharia pesada à China, agora com a possibilidade de travar os investimentos chineses nos EUA, principalmente àqueles ligados à tecnologia.
A reação dos mercados é imediata, com temores de piora da guerra comercial.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY em queda, com a possível proibição de investimentos chineses nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi negativo pelo mesmo motivo.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada.
O petróleo abre em leve alta em NY e em queda em Londres, com expectativa de aumento de oferta da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 9%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7854 / 0,46 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,275%
Dólar / Yen : ¥ 109,60 / -0,336%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,098%
Dólar Fut. (1 m) : 3770,20 / 0,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,97 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,66 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 9,72 % aa (-0,21%)
DI - Janeiro 25: 11,93 % aa (0,34%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,81% / 70.641 pontos
Dow Jones: 0,49% / 24.581 pontos
Nasdaq: -0,26% / 7.693 pontos
Nikkei: -0,79% / 22.338 pontos
Hang Seng: -1,29% / 28.961 pontos
ASX 200: -0,24% / 6.210 pontos
ABERTURA
DAX: -1,346% / 12410,43 pontos
CAC 40: -0,835% / 5342,41 pontos
FTSE: -1,146% / 7594,22 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 71159,00 pontos
S&P Fut.: -0,616% / 2742,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,886% / 7158,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,78% / 86,65 ptos
Petróleo WTI: 0,23% / $68,74
Petróleo Brent:-1,52% / $74,40
Ouro: -0,14% / $1.268,78
Minério de Ferro: -0,06% / $64,89
Soja: 1,45% / $16,84
Milho: -0,84% / $354,50
Café: -0,09% / $113,75
Açúcar: -0,25% / $12,01