A tendência de que não ocorram mudanças significativas nos juros americanos hoje durante a reunião do FOMC se reforça pela perspectiva de anúncio amanhã da decisão sobre o próximo presidente do Federal Reserve pelo presidente Trump.
O nome de Jerome Powell, considerado dosvish (menos tendente a subir juros) se destaca cada vez mais e com isso, o cenário de liquidez positiva aos mercados tende a se firmar, caso confirmado.
Localmente, a tendência de realização de lucros de “Brasil” começa a ganhar contornos mais claros, com indicadores técnicos de ADRs crescendo no ponto de venda e notícias como da Bloomberg ontem indicando motivos para a saída.
A principal é a falta de um cenário onde a reforma da previdência está aprovada, o que tenderia a levar à perda de mais um grau das agências de classificação de risco soberano e um forte motivo para realizar lucro dos ativos locais por estrangeiros.
Isso em partes explica tanto o movimento do dólar, quanto do IBOV.
CENÁRIO POLÍTICO
A questão política fica cada vez mais atrelada à econômica, após a passagem dos dois turbilhões de denúncias estacionadas na câmara federal.
Maia, o qual se vendeu como “o cara do mercado” por muito tempo, em diversas reuniões com instituições financeiras, agora tem a função de “dar saída” o mais rapidamente possível às pautas econômicas.
As MPs que se avolumam na pauta são na sua maioria de caráter econômico, o que limita muito a queda de braço com o executivo e força, mesmo a contragosto, Maia a esforçar-se para aprová-las.
Algumas mudanças importantes aconteceram para a questão fiscal, sem muita atenção pelo mercado, como a reforma do funcionalismo, evitando reajuste de salários em 2018 e a alíquota de contribuição previdenciária para os salários acima do teto do INSS, que reduz o déficit previdenciário do funcionalismo, proporcionalmente maior do que da iniciativa privada.
O jogo agora se volta à reforma ministerial.
Ou Temer “premia” os fiéis da câmara com ministérios, ou a previdência não passa.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa positiva, com os futuros em NY em alta, na expectativa pela divulgação da decisão do FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, num rally após o Caixin dentro do esperado.
O dólar opera em leve alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas a alta é generalizada, com o ouro em alta e o minério de ferro reforçando ganhos.
O petróleo opera com ganhos em ambas as praças, com a confirmação em compliance dos cortes de produção pela OPEP.
Atenção aos resultados de Bradesco (SA:BBDC4), B2W (SA:BTOW3) e AES. No exterior, Bunge, GoPro, Groupon, Kraft Heinz, NYTimes, Prudential (LON:PRU), Qualcomm, Symantec, Tesla e Yelp.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2713 / -0,28 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,086%
Dólar / Yen : ¥ 114,01 / 0,326%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,173%
Dólar Fut. (1 m) : 3293,30 / 0,23 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,98 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,83 % aa (-0,76%)
DI - Janeiro 21: 9,18 % aa (-0,11%)
DI - Janeiro 25: 10,18 % aa (0,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,66% / 74.308 pontos
Dow Jones: 0,12% / 23.377 pontos
Nasdaq: 0,43% / 6.728 pontos
Nikkei: 1,86% / 22.420 pontos
Hang Seng: 1,23% / 28.594 pontos
ASX 200: 0,49% / 5.938 pontos
ABERTURA
DAX: 1,612% / 13442,88 pontos
CAC 40: 0,527% / 5532,31 pontos
FTSE: 0,169% / 7505,71 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 74864,00 pontos
S&P Fut.: 0,412% / 2583,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,532% / 6283,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,82% / 87,04 ptos
Petróleo WTI: 1,27% / $55,07
Petróleo Brent:1,08% / $61,60
Ouro: 0,72% / $1.280,56
Minério de Ferro: 1,50% / $58,70
Soja: 0,08% / $18,44
Milho: 0,07% / $346,50
Café: 0,16% / $125,00
Açúcar: -0,47% / $14,65