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BREXIT, Pânico nos Mercados

Publicado 24.06.2016, 06:06
Atualizado 11.10.2023, 23:02

ÁSIA: Mercados financeiros foram abalados pelo resultado do referendo na qual os britânicos preferiram optar por sair da União Europeia. O dólar mergulhou abaixo de 100 ienes e derrubou os mercados asiáticos, enquanto os preços do petróleo recuaram e do ouro subiram.

Nikkei do Japão sofreu seu pior dia em cinco anos, caindo 7,92%, na sequência da força do iene. O Nikkei futuro chegou a ter suas negociações interrompidas brevemente pela primeira vez desde 23 de maio de 2013. A medida que a libra esterlina caia, a moeda japonesa avançava e chegou a 99 ienes por dólar, nível mais baixo desde novembro de 2013. Destaque de baixa para ações de empresas exportadoras com forte exposição à economia do Reino Unido. O conglomerado industrial Hitachi despencou 10,29%, enquanto agência de publicidade Dentsu mergulhou 12,50% e a montadora Nissan Motor caiu 8,10%.

A queda dos preços do petróleo derrubou as ações de energia em toda a região. Na Austrália, o subíndice de energia caiu 4,1%, mais do que a queda de 3,17 do índice S&P/ASX 200, pesada por ações com exposição ao Reino Unido. Apenas 12 das 200 ações que compõe o índice terminaram a sessão em alta. BHP Billiton caiu 7,8% para US$ 17,54, enquanto Rio Tinto (LON:RIO) caiu 6,5% para US$ 42,83. Ambos são listados na bolsa de Londres. A produtora de ouro Newcrest Mining subiu 8,8%, Evolution Mining disparou 12,3% e Regis Resources subiu 8% liderando os ganhos do dia e recuperando de suas perdas no início da semana.

Mesmo o Shanghai Composite Index, ainda fechado para muitos investidores estrangeiros, não ficou imune ao caos nos mercados globais, caindo 1,33%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 3,13%. O yuan onshore foi negociado a 6,6120 em relação ao dólar. Antes da abertura do mercado, o Banco Popular da China (PBOC) havia fixado o ponto médio em 6,5776, em comparação com correção 6,5658 de quinta-feira. O banco central da China permite uma variação para cima ou para baixo de no máximo 2% em relação à taxa oficial e hoje foi grande teste não só para a confiança da Grã-Bretanha em relação à União Europeia, mas também para o PBOC na gestão do movimento do yuan. O PBOC reiterou que o yuan está liberado e é importante para o regulador demonstrar ao mercado que permite movimentos no na moeda para enfrentar as volatilidades criados pelo Brexit. O primeiro ministro Li Keqiang visitou o PBOC em 20 de junho e afirmou que China deveria manter a sua atual postura de política monetária e deve ter orientado às autoridades do BPC de como reagir ao 'Brexit'. Analistas acreditam que o resultado do referendo não deve afetar o panorama econômico imediato da China.

Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 3,13%, com nomes de exposição no Reino Unido, como os bancos Standard Chartered (LON:STAN) e HSBC, que recuaram 9,48 e 6,59%, respectivamente, uma vez que os investidores se preocupam com as consequências comerciais e econômicas com a saída britânica da UE.

Os títulos de governo também viram seus rendimentos cair; o rendimento das obrigações do governo japonês de 10 anos caiu para -0,175, em comparação com -0,129% mais cedo. O rendimento de 10 anos dos títulos do Tesouro dos EUA caiu para 1,5292%, em comparação com 1,704% mais cedo. Os preços dos títulos movem inversamente aos rendimentos.

EUROPA: As bolsas europeias enfrentam o pior dia desde 1987 após o Reino Unido decidir abandonar a UE. As ações despencam nesta sexta-feira, com os investidores fugindo de ativos de risco após referendo histórico. O Stoxx Europe 600 cai 8,4%. Menos de 10 ações do índice sobem. As ações da mineradora de ouro Randgold Resources (LON:RRS) dispara 14,41%, com investidores procuraram segurança no ouro. Inúmeras ações que compõe o Stoxx 600 tiveram suas negociações interrompidas na abertura.

A onda de vendas começou depois que os resultados do referendo Brexit mostrou que 51,9% dos eleitores querem que o Reino Unido abandone a UE, em comparação com 48,1% que preferiam ficar. A decisão fará com que o Reino Unido deixe a união que tem se formou desde 1973.

A notícia levou a libra esterlina em queda livre e enviou para seu nível mais baixo em relação ao dólar desde 1985 nas primeiras horas desta sexta-feira, em torno de US$ 1,3407. Sentimento sobre a moeda foi atenuada ainda mais quando HSBC previu que esterlina poderia cair para US$ 1,20 até o final do ano, assim como o Société Générale (PA:SOGN) sugerindo um movimento semelhante.

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, disse que está renunciando na sequência do resultado votação e o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, disse que haverá um período de incerteza e de ajuste após a votação. O governador disse que o banco central não hesitará em tomar medidas adicionais considerados necessários.

Não está claro se o Brexit poderá significar um aumento das taxas de juros pelo banco central, mas analistas financeiros acreditam que irá golpear os mercados europeus, desencadeando incertezas sobre as perspectivas de crescimento para a região e bem como o comércio, imigração, trabalho e outros acordos entre a Grã-Bretanha e os outros 27 membros da UE.

Bancos e empresas de serviços financeiros levam uma surra. A preocupação com a fragilidade do sistema bancário europeu e que Brexit poderia significar uma nova regulamentação em todo o continente e na Grã-Bretanha. Vários bancos soltaram declarações na sexta-feira de manhã para acalmar os nervos do mercado.

"Como uma das instituições financeiras maiores e mais estáveis, líquidos e prudentes no mundo, HSBC está bem posicionada para apoiar os nossos clientes e os mercados para lidar com os desafios que irão surgir. Nosso compromisso com as empresas britânicas, clientes e funcionários do Reino Unido se mantém inalterada”, HSBC disse em um comunicado.

"Não há mudanças nos produtos ou serviços oferecidos aos clientes, tanto no Reino Unido ou no exterior. Os clientes podem continuar a utilizar os nossos serviços bancários e de seguros como faziam antes”, disse o Lloyds Banking Group (LON:LLOY).

Barclays (LON:BARC) caiu mais de 17% após o Citigroup cortar o preço alvo das ações. Lloyds também despenca. Royal Bank of Scotland e Bank of Ireland foram ambos martelado. Entre as mineradoras na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 3,3%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 3,0%, Glencore (LON:GLEN) despenca 6,3%. Entre as gigantes, BHP Billiton perde 4,1% e Rio Tinto recua 2,6%.

O Banco Nacional Suíço interveio no mercado de câmbio nesta sexta-feira após ofranco do país subir na esteira do Brexit, alegando estabilizar a situação e que permanecerá ativa nesse mercado. O franco tinha disparado com investidores procurando ativos seguros depois que a votação no Reino Unido colocar o país no caminho de sair da União Europeia.

O rendimento do Bund alemão de 10 anos caiu 17 pontos base para -0,092%. O mesmo recentemente tornou-se negativo pela primeira vez na história, com investidores procurando segurança antes da votação do Brexit. Os rendimentos e os preços se movem inversamente. O euro cai 2,2487% frente ao dólar, para US$ 1,1089.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
9h30 - Durable Goods Orders e Core Durable Goods Orders (números mensais de pedidos de bens duráveis para a indústria nos Estados Unidos, além de destacar o indicador se excluídos as encomendas no setor de transportes);
11h00 - Revised UoM Consumer Sentiment (mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana);
11h00 - Michigan Inflation Expectations (mede a porcentagem que os consumidores esperam do preço dos bens e serviços nos próximos 12 meses);

ÍNDICES MUNDIAIS - 6h00

ÁSIA
Nikkei: -7,92%
Austrália: -3,17%
Xangai Composite: -1,33%
Hong Kong: -3,13%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -7,08%
London - FTSE: -5,29%
Paris - CAC: -8,51%
Madrid IBEX: -10,75%
FTSE MIB: -11,11%

COMMODITIES
BRENT: -3,83%
WTI: -3,77%
OURO: +4,02%
COBRE: -2,03%
SOJA: -1,29%
ALGODÃO: 1,71%
MILHO: -2,10%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -2,75%
SP500: -3,51%
NASDAQ: -3,53%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados.

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