Ação escolhida por IA avança neste mês na B3, na contramão da baixa do Ibovespa
Nesta semana mais curta em função do feriado de Dia de Colombo nos Estados Unidos, que não fechou a ICE Futures US, mas diminuiu o interesse dos operadores, e do feriado de Nossa Senhora Aparecida, na quarta-feira, no Brasil, os contratos futuros do café registraram ganhos no mercado internacional, sendo impulsionados pela fraqueza do dólar frente às principais divisas internacionais e pela recompra de posições por parte dos fundos de investimentos e das torrefadoras.
O dólar comercial registrou perda de 1,09% no acumulado da semana frente ao real, pressionado, entre outros pontos, pelo fraco desempenho da balança comercial da China, onde as exportações recuaram 10% e as importações declinaram 1,9% em setembro ante 2015, sinalizando fraqueza na demanda mundial. Ontem, a divisa norte-americana finalizou os negócios a R$ 3,1816.
Também chama a atenção dos players o clima no Brasil. Os operadores permanecem atentos à previsão meteorológica do principal produtor mundial, que se encontra em período de floradas. De acordo com a Somar Meteorologia, não haverá déficit hídrico significativo que possa causar alguma perda nos próximos dias, mas há risco de temperaturas mais elevadas em algumas áreas do Triângulo Mineiro. Dessa maneira, a instituição recomenda vigília sobre as condições meteorológicas devido ao risco de altas temperaturas, as quais podem causar problemas às floradas.
No mercado físico nacional, a perspectiva de menor produção na safra 2017/18 desacelera o volume de negócios antecipados envolvendo o café. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), muitos produtores de arábica preferem aguardar o desenvolvimento das floradas e um maior volume de chuva para terem uma definição mais clara da próxima safra. Para o robusta, as incertezas são ainda maiores, assim, os cafeicultores dessa variedade, que registram dois anos consecutivos de safras prejudicadas pelo clima, devem realizar poucos contratos nesta temporada.
Em relação à comercialização da safra 2016/17, as vendas de arábica seguem retraídas, com os produtores à espera de novas altas e os compradores não aceitando os preços pedidos. Ontem, o Indicador Cepea/Esalq da variedade foi cotado a R$ 498,77/saca, apurando elevação de 1,46% ante a sexta-feira passada. Para o robusta, a retração vendedora segue impulsionando os valores internos para novas máximas. O Indicador Cepea/Esalq do conilon fechou a R$ 487,93/saca na quinta, novo recorde da série histórica, que indicou elevação de 3,08% frente à semana passada.