Mesmo em um cenário de incertezas globais, devido à pandemia de coronavírus, as exportações brasileiras dos cafés arábica e robusta estão aquecidas. Em abril, os embarques totais (café verde, torrado e solúvel) somaram 3,3 milhões de sacas de 60 kg, segundo o Cecafé (Concelho dos Exportadores de Café do Brasil). Apesar de o volume ser 4% inferior ao embarcado em março, houve aumento de 2,5% em relação ao de abril/19. Especificamente quanto ao café verde (arábica e robusta), o volume somou 2,99 milhões de sacas em abril, alta de 1,5% em um ano. Colaboradores do Cepea acreditam que a elevação das exportações em abril pode ser reflexo da pandemia. Com o aumento das compras de países consumidores e as incertezas quanto à logística, a procura pela commodity aumentou e alguns contratos foram antecipados por compradores, que temiam um possível desabastecimento de café.
ALGODÃO: VENDEDOR NÃO CEDE, E PREÇO SOBE NO BR
Atentos à maior remuneração do mercado externo, vendedores estão mais firmes nos valores pedidos pela pluma no spot nacional, contexto que sustentou os preços nos últimos dias. No entanto, segundo colaboradores do Cepea, o interesse comprador continua baixo, e as indústrias ativas ofertam preços inferiores para novas aquisições, limitando as efetivações no mercado doméstico. Parte dos comerciantes até voltou a relatar a liberação de embarques de alguns volumes fechados anteriormente, mas agentes indicam que o ritmo de vendas de fios e de produtos acabados segue bastante lento, o que mantém os estoques elevados e limita novas compras de matéria-prima. Em meio à “queda de braço”, entre 12 e 19 de maio, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 1,8%, fechando a R$ 2,6135/lp na terça-feira, 19. Porém, na parcial de maio (até o dia 19), o Indicador ainda acumula queda, de 1,8%.