A colheita de café arábica segue firme, favorecida pelo clima, mas a liquidez segue lenta no Brasil. Grande parte dos produtores está se preparando e reservando os grãos para o cumprimento de contratos com entregas já programadas. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 498,35/saca de 60 kg nessa quarta-feira, 29, alta de 1,82% em relação à quarta anterior.
Para o robusta, o clima seco no Espírito Santo, além de ter reduzido a produção, facilitou o andamento da colheita, que já se aproxima dos 90%, segundo colaboradores do Cepea.
A qualidade da atual temporada 2016/17, porém, foi bastante prejudicada, com alguns agentes renegociando contratos e aceitando até mesmo receber cafés de qualidade inferior.
Em Rondônia, a qualidade do grão colhido também é baixa. Entre 22 e 29 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo subiu 0,96%, a R$ 397,58/saca de 60 kg nessa quarta.
SUÍNOS: Quedas nesta semana anulam altas do início do mês
As cotações do suíno vivo devem encerrar o mês de junho com ligeiras altas em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea. O aumento nos valores teria sido maior em diversas praças se esta última semana do mês não fosse marcada por fortes quedas nos preços, devido à maior oferta e à demanda enfraquecida. Entre 22 e 29 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do suíno vivo se desvalorizou 2,4% em Santa Catarina, fechando a R$ 3,23/kg no dia 29.
Em São Paulo, a desvalorização foi de 5,18%, com o Indicador fechando a R$ 3,84/kg na quarta-feira. Com isso, no acumulado parcial deste mês (até o dia 29), a valorização do suíno vivo se limita a 1,25% no estado catarinense; já no mercado paulista, o Indicador caiu 1.53% no mês.
No estado mineiro, como a desvalorização do animal nesta semana foi pequena, a alta no acumulado de junho ainda é elevada, de 12%. Agentes colaboradores do Cepea indicam que alguns produtores de outros estados vêm negociando seus animais em MG devido aos altos patamares na região.
BOI: Frigorífico recua e pressiona valor da arroba
Os preços dos cortes da carne bovina devem fechar junho em alta no mercado atacadista da Grande São Paulo. O traseiro foi o único corte que registra queda no acumulado parcial deste mês. Esse cenário pode estar atrelado ao menor poder de compra dos consumidores brasileiros, que preferem adquirir cortes mais baratos, como o dianteiro, em detrimento dos mais nobres, como o traseiro.
Apesar disso, representantes de indústrias ainda se mostram insatisfeitos, alegando margens reduzidas devido aos elevados patamares da arroba. Assim, mesmo diante da baixa oferta de boi gordo, parte dos compradores se afastou do mercado, o que gerou certa pressão sobre os preços da arroba nos últimos dias.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (mercado paulista) fechou a R$ 155,79 nessa quarta-feira, 29, queda de 1,58% frente ao dia 22. No acumulado de junho (até o dia 29), a variação é positiva, em 0,69%.