As chuvas no correr deste mês vêm favorecendo o desenvolvimento do café da safra 2017/18 em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Nesse cenário, mesmo sendo ano de bienalidade negativa, cafeicultores têm expectativa de boa produtividade. Caso o clima siga favorável nos próximos meses, a queda na produção da safra 2017/18 não deve ser tão intensa. Quanto ao robusta, pesquisadores do Cepea indicam que o cenário também é melhor se comparado ao mesmo período de 2015 ou até de alguns meses atrás. O retorno das chuvas nas principais regiões produtoras do Espírito Santo e de Rondônia renovou as esperanças de cafeicultores. Ainda que muitos acreditem em pequeno volume de produção, o rendimento pode ser melhor. Com as condições climáticas auxiliando a granação e o período de enchimento dos cafezais, produtores seguem estimulados a investir na safra, mesmo diante das recentes quedas nos preços do grão. Atualmente, o relato é de que muitos têm realizados as adubações de cobertura dos cafezais.
ALGODÃO: INTERESSE COMPRADOR MANTÉM PREÇO FIRME
Poucos agentes estão ativos no mercado de algodão em pluma. Segundo pesquisadores do Cepea, a proximidade das festas de final de ano, questões fiscais, paradas de unidades de processamento e dificuldades em contratar transporte são os fatores que limitam as negociações interna no spot. Entre os poucos agentes ativos no mercado, destaca-se a presença de compradores. Assim, para conseguir realizar novas aquisições, representantes de indústrias e comerciantes precisam elevar os valores de compra do algodão. Vendedores, por sua vez, estão firmes nos preços, atentos ao bom ritmo das exportações e à menor oferta de pluma neste ano. Entre 13 e 20 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, subiu 0,9%, fechando a R$ 2,7510/lp nessa terça-feira, 20. Na parcial deste mês (até o dia 20), o Indicador acumula expressiva alta de 5,5%.
ARROZ: COM ALGUMAS INDÚSTRIAS ATIVAS, COTAÇÃO SEGUE ESTÁVEL
Com necessidade de repor estoque, indústrias seguiram firmes nos valores pagos aos lotes de arroz em casca no Rio Grande do Sul, especialmente para o depositado. Já algumas empresas consultadas pelo Cepea negociaram lotes de arroz “livre” (arroz armazenado nas propriedades rurais), apesar da dificuldade de encontrar caminhão para transporte, devido ao período de final de ano. Do lado vendedor, pesquisadores do Cepea indicam que orizicultores estiveram retraídos para novas vendas, atentos às atividades de tratos culturais, como aplicações de fertilizantes. Nesse cenário, as negociações estão lentas, mas os preços, firmes. De 13 a 20 de dezembro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros registrou ligeira alta de 0,75%, fechando a R$ 49,20/sc de 50 kg na terça-feira, 20.