Embora ainda se restrinja a apenas algumas áreas, a colheita de café robusta da safra 2017/18 começou em Rondônia, segundo maior estado produtor da variedade. Conforme colaboradores do Cepea, as atividades devem ser intensificadas em abril, quando também inicia a colheita no Espírito Santo. A expectativa é que nos próximos dias, lotes da nova temporada já sejam disponibilizados no mercado. Por enquanto, as cotações do robusta seguem praticamente estáveis. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou a R$ 448,24/saca de 60 kg nessa terça-feira, 28, pequena queda de 0,5% em relação à terça anterior. Para o arábica, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, recuou 2,6% em sete dias, fechando a R$ 477,62/sc.
ARROZ: AVANÇO DA COLHEITA PRESSIONA COTAÇÃO DO CASCA
Os preços do arroz em casca estão em queda, retomando os patamares praticados no final de abril/16. Nessa terça-feira, 28, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros fechou a R$ 39,97/saca de 50 kg, recuo de 1,4% em sete dias. Conforme pesquisadores do Cepea, as recentes quedas estão atreladas à intensificação da colheita, à estimativa de aumento na produção nacional e à boa oferta no Rio Grande do Sul. Indústrias têm priorizado o recebimento dos grãos da nova safra em seus armazéns, já que as negociações de arroz beneficiado estão enfraquecidas por conta da “queda de braço” quanto aos preços com o setor atacadista e varejista, que ofertam valores menores a cada semana. Além disso, há dificuldade em encontrar caminhão disponível para entrega, encarecendo o frete. Do lado vendedor, o clima favorável no RS manteve produtores voltados para as atividades de lavoura. Preocupados com os valores vigentes, parte dos orizicultores esteve fora de mercado, atentos à colheita e armazenagem. Já outros, com necessidade de “fazer caixa”, venderam alguns lotes no mercado spot.
ALGODÃO: CAUTELA COMPRADORA ENFRAQUECE PREÇO
O ritmo de negócios no mercado interno de algodão voltou a ficar mais lento nos últimos dias, enfraquecendo as cotações da pluma. Entre 21 e 28 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4 posta em São Paulo, recuou 0,3%, fechando a R$ 2,7568/lp nessa terça-feira, 28. Na parcial do mês (até o dia 28), o Indicador ainda acumula alta, de 1,6%. Conforme pesquisadores do Cepea, embora parte dos vendedores continue firme nos valores pedidos, aguardando valorizações até o início da colheita da nova safra, compradores se mostram cautelosos em adquirir a pluma nos atuais patamares, o que dificulta as efetivações e os aumentos de preços.
TOMATE: PREÇOS TÊM FORTE ALTA NO ATACADO CARIOCA
As cotações do tomate salada longa vida subiram no atacado do Rio de Janeiro na última semana, com os tipos 2A e 3A comercializados nas médias de R$ 28,75 e R$ 47,74/cx de 20 kg, respectivamente, altas de 50,28% e 43,50% frente à semana anterior. Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, o atacado carioca recebe grande parte dos frutos produzidos no Espírito Santo e em São Paulo, estados que têm colhido menor volume de tomate com a desaceleração da safra de verão. A alta dos valores só não foi maior já que atacadistas também receberam frutos de Nova Friburgo e Paty do Alferes (RJ). Conforme esses agentes, os tomates dessas regiões fluminenses têm qualidade bem inferior, o que impediu maiores valorizações.