China Sob Ataque e Desafios do Novo Governo

Publicado 02.01.2019, 08:58
Atualizado 08.01.2024, 17:49
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Ano novo, desafios antigos.

O primeiro sinal emitido pela China através do PMI Caixin renova as preocupações quanto aos efeitos da guerra comercial com os EUA e em partes do desgaste natural do crescimento da segunda maior economia do mundo.

O processo de amadurecimento da economia chinesa semelhante ao que ocorreu com seus pares asiáticos como Japão entre os anos 1950 e 1970 e Coreia do Sul entre 1970 e 2000 já denota que o crescimento baseado na produção industrial em larga escala de produtos de baixo valor agregado não tem mais sustentação, começando a deixar parte deste legado para países como Vietnã.

Neste sentido, a busca pelo crescimento econômico ganha novas dimensões, com o elevado investimento em pesquisa e educação que o país tem feito, competindo de igual com economias centrais como Alemanha, EUA, Japão e Coreia do Sul.

Entretanto, ainda que consiga se converter em um fornecedor de tecnologias avançadas e novos produtos, a dimensão da economia chinesa ainda demanda taxas elevadas de crescimento no curto prazo, daí os temores com a guerra comercial.

Trump os tem na mão.

CENÁRIO POLÍTICO
Dada a posse ao novo presidente ontem e aos ministros hoje, começam as articulações políticas com um duplo desafio.

O mês de janeiro é o período de transição do antigo congresso e o novo, que toma posse somente no dia 1º de fevereiro.

Deste modo, o foco da equipe econômica não pode ser em matérias que dependam de um trânsito muito intenso entre as casas neste primeiro mês, focando principalmente em medidas provisórias.

Pontos também como a abertura comercial são importantes, pois são menos intensivos na necessidade de consulta aos parlamentares, em especial àqueles relacionados a taxações e acordos.

Quanto à previdência, o que falta agora ao novo governo é a coerência de discurso, pois na ausência de um plano novo conciso, o antigo é ora descartado, ora aceito como proposta vigente, deixando confuso os investidores que, neste momento, chancelam o novo governo e a nova equipe econômica.

A partir de fevereiro, entenderemos o nível de alcance de Bolsonaro e equipe, até a visão é limitada.

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, após a divulgação de dados negativos na China.

Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo a divulgação do PMI Caixin.


O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 5 anos.


Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com exceção do ouro.

O petróleo abre em queda, com as grandes elevações de estoque.

O índice VIX de volatilidade abre em queda de 10%


CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8812 / 0,12 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,288%
Dólar / Yen : ¥ 108,95 / -0,720%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,392%
Dólar Fut. (1 m) : 3878,58 / -0,40 %

JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,55 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,36 % aa (-0,41%)
DI - Janeiro 22: 8,08 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 9,10 % aa (-0,33%)

BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,84% / 87.887 pontos
Dow Jones: 1,15% / 23.327 pontos
Nasdaq: 0,77% / 6.635 pontos

Nikkei: -0,31% / 20.015 pontos
Hang Seng: -2,77% / 25.130 pontos
ASX 200: -1,57% / 5.558 pontos

ABERTURA
DAX: -0,469% / 10509,39 pontos
CAC 40: -1,865% / 4642,47 pontos
FTSE: -1,263% / 6643,15 pontos

Ibov. Fut.: -0,19% / 88520,00 pontos
S&P Fut.: -1,469% / 2468,40 pontos
Nasdaq Fut.: -2,222% / 6192,50 pontos

COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,05% / 76,68 ptos

Petróleo WTI: -0,84% / $45,03
Petróleo Brent:-1,06% / $53,23

Ouro: 0,37% / $1.287,38
Minério de Ferro: -0,04% / $71,30

Soja: -0,12% / $16,18
Milho: -0,13% / $375,00
Café: -0,54% / $100,90
Açúcar: 0,25% / $12,05

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