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Commodities Nesta Semana: Petróleo Enfrenta Sobreoferta; Ouro Estável a US$ 1700

Publicado 27.04.2020, 09:55
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Tudo no petróleo nesta semana dependerá da rapidez com que diversos dados podem cair. E com isso eu me refiro às posições em aberto no contrato futuro com maior liquidez no petróleo americano, aos números de produção divulgados pela EIA, aos cortes de dispêndio de capital anunciados pelas grandes petrolíferas Exxon (NYSE:XOM), BP (NYSE:BP), e Shell (NYSE:RDSa), além da contagem de sondas divulgada pela Baker Hughes.

No caso do ouro, a corrida em direção a um teste dos US$ 1.800 ainda não terminou. Mas a volatilidade pode manter o metal precioso na extremidade inferior dos US$ 1.700, haja vista que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão têm reuniões marcadas para esta semana. Os dados de seguro-desemprego na quinta-feira, nos EUA, mostrarão se também continuamos achatando a curva de perdas de postos de trabalho; nesse caso, o ouro pode apresentar sinais mistos diante da força do Dow e do dólar. 

“Estou mantendo minha visão geral cautelosamente baixista para o petróleo no curto prazo, enquanto o mercado direciona seu foco para questões externas que podem ter um impacto negativo no crescimento da demanda mundial de petróleo”, declarou Dominick Chirichella, do Instituto de Gestão Energética em Nova York, enquanto o petróleo britânico Brent e o americano West Texas Intermediate (WTI) afundavam 3% e 9% respectivamente no início do pregão asiático desta segunda-feira.

Redução de liquidez no contrato futuro do petróleo americano

O WTI está sendo pressionado por fatores que podem gerar mais uma rodada de preços abaixo de zero.

WTI 300 Minutos

O barril com entrega em junho encerou a semana passada com um desconto chamado “contango” de mais de US$ 4 em relação ao barril de julho. As posições em aberto no contrato spot registraram uma queda de quase 220 milhões de barris, ou cerca de um terço, desde segunda-feira e, até sexta, apresentavam uma redução de cerca de 25 milhões de barris em liquidez para o mês de julho.

A mudança nas posições em aberto sinaliza a preferência dos investidores por um contrato “mais seguro” com promessa de entrega mais tarde, a fim de evitar um mercado com excesso de oferta. Também é um sinal de que o WTI de junho pode ser pressionado assim como o de maio, cuja expiração está prevista para daqui a três semanas.

Mas há cortes de produção vindo pela frente. A tão aguardada restrição de oferta por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dos seus aliados mundiais começa oficialmente na sexta-feira.

A chamada “Glopec" se comprometeu a cortar pelo menos 9,7 milhões de barris por dia (bpd). O Kuwait, quarto maior produtor da Opep, afirmou que já começou a cortar antes do grupo, assim como a Nigéria, pois simplesmente não há mais lugar para armazenar seu petróleo. Os perfuradores norte-americanos tiraram 305 sondas de operação ao longo de seis semanas — ou 45% do total —, e os cortes no dispêndio de capital podem retirar um volume ainda maior de barris do mundo.

Na Rússia, a indústria chegou até mesmo a considerar a queima de petróleo como forma mais rápida de descartar a oferta, segundo fontes da Reuters

Em relação às empresas, a BP divulga resultados trimestrais na terça-feira, a Shell, na quinta, e a ExxonMobil na sexta, e todos estão de olho da redução de dispêndio de capital. 

O tempo não está ao lado do petróleo

Mas a velocidade de tudo isso pode não ser suficiente em um mundo que está perdendo entre 20 e 30 milhões de bpd em demanda. O tempo é essencial, e ele não está ao lado do petróleo neste momento.

De acordo com os dados da Administração de Informações Energéticas (EIA, na sigla em inglês), o centro de Cushing, em Oklahoma, que serve de ponto de entrega dos contratos de WTI, dispõe de aproximadamente 16 milhões de barris ou até menos que isso. Houve um acúmulo de 5 milhões de barris em Cushing durante a semana encerrada em 17 de abril. Se essa taxa de preenchimento se mantiver, sua capacidade máxima pode ser atingida em duas semanas. Mas a EIA também indica que grande parte do espaço de Cushing já pode ser sido arrendado, o que significa que essa matemática pode não passar de um exercício acadêmico.

Enquanto isso, a produção norte-americana caiu menos de 1 milhão de bpd. Os dados da EIA mostram que foram produzidos 12,2 milhões de bpd até a semana passada, contra um recorde histórico de 13,1 milhões em meados de março.

O Goldman Sachs, nesse ínterim, afirma que o mercado mundial de petróleo está prestes a testar os limites máximos de capacidade de armazenamento nas próximas três semanas, o que exigirá a redução de quase 20% da produção global.

O mundo atingiu a fase de inflexão da pandemia de Covid-19, na qual já está começando a acontecer o rebalanceamento, mas provavelmente serão necessárias de 4 a 8 semanas para que os mercados de commodities estabeleçam um fundo na demanda, complementou o banco de Wall Street em um relatório de 24 de abril.

Em relação ao ouro, além de Wall Street e do dólar, as atenções estarão voltadas às reuniões do Banco do Japão na terça-feira, do Federal Reserve na quarta e do Banco Central Europeu na sexta. 

Ouro brilha na Índia apesar da pandemia

Mas talvez os investidores do ouro estejam animados com outro evento do fim de semana.

Ouro Semanal

No feriado do Dia de Akshaya Tritiya, as compras de ouro tiveram um salto de 8%, mantendo a disparada de demanda do metal precioso que é típica durante um dos festivais religiosos indianos mais acompanhados. Isso ocorreu apesar do confinamento da maioria da população de 1,4 bilhão de pessoas por causa do coronavírus.

“Akshaya Tritiya tem uma importância muito grande em nossa cultura, e com certeza haverá uma alta na compra de ouro digital nos próximos dias”, afirmou Sachin Kothari, diretor da Augmont, empresa especializada em negociações online do metal.

O ouro é um metal sagrado na Índia, e seu valor ornamental é incomparável para sua população. As estátuas das deidades hindus nos templos indianos são geralmente adornadas com o metal amarelo, que também tem presença garantida em casamentos. O banco central da Índia mantém a maior parte das suas reservas em ouro, e os indianos geralmente usam joias de ouro em sua vida diária e ocasiões sociais, o que resulta em uma importação anual de 800 a 900 toneladas.

“Ignorando os ruídos intradiários, o ouro está sendo negociado em uma ampla faixa real de US$ 100 dólares entre US$ 1640,00 e US$ 1740,00 por onça; esse é o mundo em que vivemos”, afirmou Jeffrey Halley, analista da OANDA. “Não deixe de fazer negociações intradiárias, mas tenha atenção ao ruído do cenário mais amplo”.

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