Um movimento importante ocorreu hoje na Europa, com a conclusão de pontos importantes do Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia.
Além das compensações que podem superar US$ 50 bi pagas pelos britânicos, os pontos de direitos dos cidadãos europeus nos territórios da rainha ajudam em muito as negociações comerciais futuras.
Um ponto crucial ainda é a fronteira entre as Irlandas, território sensível após anos de violência sectária, porém, a saída tem seguido a linha do “soft Brexit” e tende a ajudar muito a região.
A semana termina com agenda pesada em focos semelhantes, a inflação.
No IPCA, a perspectiva de redução das pressões observadas no mês anterior tem pouco efeito no futuro dos juros, rechaçado obviamente por um resultado fora da curva.
Já nos EUA, o aquecimento da atividade econômica deve continuar refletida no Payroll, mesmo este abaixo do anterior, porém é de suma importância a observação dos rumos dos custos de mão-de-obra.
Reforçamos nossa projeção de mais uma alta nos juros americanos em dezembro, na última reunião do FOMC, com especial atenção à ata.
CENÁRIO POLÍTICO
Entre o pacote de “bondades” para acelerar a retomada da economia, com foco em empresas com alta demanda de mão de obra formal, numa versão acelerada do PAC e revisão de regras do FIES, o governo tem focado na melhora econômica para se legitimar.
Com isso, não mudou o foco na reforma da previdência, onde o governo pode inclusive perdoar os “traidores”, aqueles que perderam cargos recentemente por votar contra o governo, para arregimentar as tropas para a votação.
A confiança é tal, que uma data para a votação já foi definida, dia 18 de dezembro e lentamente o governo começa a contabilizar mais votos favoráveis, talvez em resposta às pesquisas mais recentes, demonstrando menor resistência da população ao tema.
Feito isso, o caminho para Selic aos 6,5% aa está aberto.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY em alta, com os avanços das negociações do Brexit na Europa.
Na Ásia, o fechamento foi positivo com o PIB japonês revisado para cima e setor externo chinês também acima das projeções.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada nos ativos, com o dólar mais alto.
O petróleo opera com leve alta em ambas as praças, mesmo após frustração na queda nos estoques americanos.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2933 / 1,76 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,297%
Dólar / Yen : ¥ 113,56 / 0,416%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / 0,000%
Dólar Fut. (1 m) : 3300,16 / 1,52 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,79 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,68 % aa (0,39%)
DI - Janeiro 21: 9,27 % aa (0,98%)
DI - Janeiro 25: 10,54 % aa (1,05%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,07% / 72.487 pontos
Dow Jones: 0,29% / 24.211 pontos
Nasdaq: 0,54% / 6.813 pontos
Nikkei: 1,39% / 22.811 pontos
Hang Seng: 1,19% / 28.640 pontos
ASX 200: 0,28% / 5.994 pontos
ABERTURA
DAX: 1,275% / 13211,54 pontos
CAC 40: 0,689% / 5420,97 pontos
FTSE: 0,210% / 7336,12 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72495,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2639,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,565% / 6358,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,17% / 84,01 ptos
Petróleo WTI: 0,67% / $57,07
Petróleo Brent:0,85% / $62,73
Ouro: -0,10% / $1.245,92
Minério de Ferro: -0,07% / $67,41
Soja: -1,16% / $18,56
Milho: 0,37% / $340,00
Café: -3,20% / $120,85
Açúcar: 0,00% / $14,35