CENÁRIO MACROECONÔMICO
O governo tem propagado aos sete ventos que a recessão acabou e que é a hora da virada. Em partes, o índice de confiança do consumidor a ser divulgado hoje pode reforçar tal perspectiva, todavia é necessário “combinar com os russos”, ou seja, o crédito precisa retornar ao mercado.
Os indicadores de inflação, influenciados em partes pela valorização do Real frente ao dólar mostram descompressão suficiente para ancorar tanto as expectativas, quanto a perspectiva de juros mais baixos como devem ocorrer hoje durante a reunião do COPOM, porém os bancos ainda não se convenceram de tal premissa.
Neste momento, o temor é o discurso do governo se chocar com a realidade de uma atividade econômica que ainda deve demorar para dar sinais consistentemente positivos neste trimestre e não entregar aquilo que vende. Com isso, a atenção continua cada vez maior nos indicadores econômicos.
CENÁRIO DE MERCADO
Após sustentar mais um dia positivo, a abertura dos mercados ainda não transparece uma realização de lucros. Todavia, a necessidade de correção de diversos ativos começa a crescer consideravelmente, principalmente pelo caráter praticamente “vazio” das altas do conjunto dos mercados.
Em termos locais, o aço ainda em alta pode sustentar diversas altas, porém o conjunto de commodities, inclusive o petróleo abre a sessão em queda. Mesmo assim, as bolsas na Ásia fecharam em alta, impulsionadas por balanços acima das expectativas.
Na Europa, a maior parte dos mercados opera em alta, em resposta aos indicadores IFO de confiança acima das expectativas na Alemanha e do PIB britânico, igualmente acima das projeções. Futuros em NY estáveis.
O dólar mantém a tendência global da sessão anterior e opera em alta, com rendimento negativo dos US Treasuries.
CENÁRIO POLÍTICO
A primeira barreira para emplacar Alexandre de Moraes foi vencida ontem na CCJ do senado e o nome do futuro ministro do STF passará hoje em votação extraordinária em plenário.
Completado o processo, o governo começa a fechar uma das últimas arestas para um domínio político poucas vezes comparável na história recente brasileira.
Com a popularidade em franca queda, Temer agora quer focar nas reformas e em entregar resultados macroeconômicos, por isso a grande proximidade a Meirelles. Se este “poder” não for atrapalhado pela realidade de operações judiciais ou TSE, esta é uma chance única de mudanças importantes na mão da equipe econômica.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,0964 / 0,28 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,304%
Dólar / Yen : ¥ 113,03 / -0,572%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,136%
Dólar Fut. (1 m) : 3097,68 / 0,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,49 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,99 % aa (-0,60%)
DI - Janeiro 21: 10,21 % aa (-0,49%)
DI - Janeiro 25: 10,44 % aa (-0,67%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,76% / 69.052 pontos
Dow Jones: 0,58% / 20.743 pontos
Nasdaq: 0,47% / 5.866 pontos
Nikkei: -0,01% / 19.380 pontos
Hang Seng: 0,99% / 24.202 pontos
ASX 200: 0,24% / 5.805 pontos
ABERTURA
DAX: 0,090% / 11978,31 pontos
CAC 40: 0,087% / 4892,99 pontos
FTSE: 0,181% / 7288,00 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 70034,00 pontos
S&P Fut.: -0,085% / 2358,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,094% / 5338,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,15% / 87,73 ptos
Petróleo WTI: -0,55% / $54,03
Petróleo Brent:-0,65% / $56,29
Ouro: 0,19% / $1.238,08
Aço: 1,02% / $87,28
Soja: -0,76% / $19,48
Milho: 0,41% / $370,75
Café: 0,03% / $150,40
Açúcar: 0,58% / $20,92