A ata da última reunião do COPOM reiterou parte do comunicado e também deixou claro o impacto tanto da paralisação dos caminhoneiros, como do cenário internacional mais desafiador. '
As projeções de juros para este e o próximo ano se mantiveram estáveis nos níveis anteriores, 6,5% em 2018 e 8,0% em 2019 e as projeções de inflação contemplam os impactos do choque recente de oferta.
Num ponto importante, o BC decidiu não sinalizar aos próximos movimentos devido ao grande número de incertezas de curto prazo, o que parece prudente e aguarda os resultados da atividade econômica em julho e agosto para uma melhor noção do nível de recuperação economia pós-greve.
Reiterou-se também a importante ancoragem das expectativas de inflação, com os eventuais choques de ajuste nos preços relativos sofrendo apenas efeitos secundários.
Há também menção ao ciclo de normalização de taxas de juros em economias centrais, algo ainda incerto, a não ser pelos EUA, mas ainda assim, os resultados robustos do balanço de pagamentos equilibram tal contexto.
Por fim, novamente o Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. Em resumo, sem alta de juros.
CENÁRIO POLÍTICO
A decisão de Fachin de jogar ao plenário do STF o caso do ex-presidente lula traz reações dúbias, pois ao mesmo tempo em que acata um pedido da defesa, transfere para agosto, após o recesso, a definição do processo.
A defesa esperava que ao cair na segunda turma, claramente mais simpática ao ex-presidente, a decisão pudesse ser favorável em tempo hábil para o registro de candidatura, todavia, a proximidade com o período de registro e o plenário mais ‘duro’ pode não beneficiar como a defesa assim esperava.
O teor do pedido já suscitaria um contexto menos favorável ao ex-presidente, pois refuta a decisão de duas cortes anteriores, o que historicamente não acontece no STF.
Agora em plenário, dependerá do timing de Carmen Lúcia para pauta o tema.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY em queda, ainda com os desenrolares da questão sino-americana.
Na Ásia, o fechamento foi negativo pelo mesmo motivo.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada.
O petróleo abre em leve alta em NY e em Londres, mesmo com expectativa de aumento de oferta da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 0,6%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7744 / -0,29 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,316%
Dólar / Yen : ¥ 109,68 / -0,082%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,339%
Dólar Fut. (1 m) : 3773,11 / 0,08 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,86 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,54 % aa (-1,39%)
DI - Janeiro 21: 9,54 % aa (-1,85%)
DI - Janeiro 25: 11,83 % aa (-0,84%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,44% / 70.953 pontos
Dow Jones: -1,33% / 24.253 pontos
Nasdaq: -2,09% / 7.532 pontos
Nikkei: 0,02% / 22.342 pontos
Hang Seng: -0,28% / 28.881 pontos
ASX 200: -0,21% / 6.198 pontos
ABERTURA
DAX: 0,201% / 12295,04 pontos
CAC 40: 0,396% / 5304,78 pontos
FTSE: 0,495% / 7546,98 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 71564,00 pontos
S&P Fut.: -0,092% / 2719,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,124% / 7082,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,01% / 86,20 ptos
Petróleo WTI: 0,38% / $68,34
Petróleo Brent:0,62% / $75,19
Ouro: -0,71% / $1.256,68
Minério de Ferro: -0,02% / $64,88
Soja: -2,08% / $16,49
Milho: 0,00% / $350,50
Café: 0,74% / $115,00
Açúcar: 0,25% / $12,03