Nem cá, nem lá. Um comunicado claramente Dovish do COPOM na última reunião sob a égide do eficiente Ilan Goldfajn indicou que há um contexto em que se prescreveriam ações estimulativas, ou seja, de cortes de juros, porém ao mesmo tempo, externalidades e as reformas pesam pela cautela, levando por fim à manutenção.
“Cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária” indicam a possibilidade de um contexto mais voltado à manutenção dos juros por um período relativamente indeterminado, do que um movimento de corte, conforme preconizam parte dos analistas e também, as curvas de juros futuros, em face ao ânimo pela troca de governo.
Sendo assim, as atenções se voltam mais uma vez ao congresso e à celeridade que os políticos tendem a dar à aprovação dos temas importantes ao país, em especial a previdência.
No exterior, de modo a apaziguar a guerra comercial entre EUA-China, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, deve ir à China na próxima semana junto com uma delegação de Washington na tentativa de avançar pontos importantes.
Isso já gerou uma reação positiva no fechamento do mercado asiático, mas em tratando-se de governo Trump, somente o resultado final importa.
Também importante é decisão de juros hoje no Reino Unido e o que deve ser citado é a situação geral em vista ao Brexit e os desafios impostos pela ausência de um acordo de saída.
Atenção aos resultados corporativos de L'Oréal (PA:OREP), Philip Morris, Sanofi (PA:SASY), S&P Global, T-Mobile, YUM!, Fiat Chrysler, Twitter, ArcelorMittal, Société Générale (PA:SOGN), Fujifilm, VeriSign, Kellog, Motorola, Tyson Foods, Expedia, SnapOn, Mapfre, Mattel, Nikon e Dunkin' Brands.
No Brasil, lojas Renner (SA:LREN3), IRB (SA:IRBR3), BR Properties (SA:BRPR3) e Klabin (SA:KLBN11).
CENÁRIO POLÍTICO
A principal oposição às reformas começa a se desenhar de maneira mais clara.
O corporativismo tende a pesar bastante, principalmente de servidores públicos dos mais diversos poderes.
O governo já tem feito em partes um trabalho de convencimento da população que tais distorções devam ser corrigidas o quanto antes e a propaganda contra é fácil, principalmente num país onde uma parcela significativa da população almeja as benesses do setor público.
A tarefa é difícil, porém a necessidade de reforma já se tornou um ponto de concordância até mesmo na oposição, o que se discute agora será com que forma e conteúdo ela deva ocorrer.
Não será fácil e nunca foi.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com balanços corporativos.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, em reação à perspectiva de avanços nas conversas comerciais ChinaxEUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos na em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada, com exceção do cobre.
O petróleo abre em queda, com o aumento da produção e dos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7011 / 0,93 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,202%
Dólar / Yen : ¥ 109,88 / -0,082%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,224%
Dólar Fut. (1 m) : 3702,86 / 0,76 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,37 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,99 % aa (-0,14%)
DI - Janeiro 23: 8,17 % aa (0,99%)
DI - Janeiro 25: 8,71 % aa (1,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -3,74% / 94.636 pontos
Dow Jones: -0,08% / 25.390 pontos
Nasdaq: -0,36% / 7.375 pontos
Nikkei: -0,59% / 20.751 pontos
Hang Seng: 0,21% / 27.990 pontos
ASX 200: 1,10% / 6.092 pontos
ABERTURA
DAX: -0,839% / 11229,76 pontos
CAC 40: -0,496% / 5053,86 pontos
FTSE: 0,092% / 7179,68 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 94659,00 pontos
S&P Fut.: -0,282% / 2721,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,511% / 6960,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,31% / 80,74 ptos
Petróleo WTI: -0,11% / $53,95
Petróleo Brent:0,14% / $62,78
Ouro: 0,03% / $1.307,01
Minério de Ferro: 0,93% / $88,98
Soja: 0,07% / $16,67
Milho: -0,13% / $379,25
Café: 0,62% / $105,05
Açúcar: -0,16% / $12,86