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Câmbio: Há Espaço para Todas as Ilações, Fundamentadas ou Não

Publicado 20.02.2015, 07:00
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Como temos dito, não nos parece razoável precificar a tempestade que poderá vir, pois pode conduzir a erro na formação prematura das perspectivas para o câmbio e o preço da moeda americana no mercado brasileiro pode resultar distorcido.

Todos sabem que a presunção de que teremos menores fluxos positivos, provavelmente gerando saldo negativo no ingresso de divisas outra vez em 2015 a exemplo do já ocorrido em 2014 é factível.

O país reúne baixíssimo grau de atratividade aos investidores estrangeiros em conta capital (IED´s), melhorou a atratividade com o ajuste no preço do dólar para os investidores especulativos que mesmo assim podem ficar relutantes, e, tem como único fator potencialmente atrativo ao capital externo os investimentos na modernização da infraestrutura do país, ponto já vislumbrado pelo Ministro Levy, mas o governo é lento e muito burocrático na formulação da estratégia da oferta da concessão.

Adicionalmente, não se nutre expectativa favorável para o saldo da balança comercial brasileira que, mais uma vez, tende a ser negativa, a despeito do dólar com preço mais elevado ser um elemento de contração dos produtos importados favorecendo o produto nacional, mas como o grau de confiança do empresariado anda muito baixo não se tem expectativa de que realize investimentos que promoveria o aumento da produtividade que combinada com a competitividade induzida pelo dólar mais caro poderia ensejar movimentos pró incremento das exportações.

As commodities agrícolas e metálicas passam por momento desfavorável no quesito preço internacional.

Mas embora com uma situação de pouco conforto nas contas externas que tendem a mais uma vez apresentarem insuficiência de recursos ingressados para suprir a necessidade de financiamento externo do país, até o momento não se presencia uma pressão demasiada no mercado de câmbio à vista, que convive com saldo positivo de fluxo cambial até o momento de US$ 4,350 Bi, o que deixa evidente que a pressão altista do dólar acima do razoável não tem origem ainda de volumosas saídas de recursos do país.

Mas na medida em que se acentuam os temores com base em perspectivas prognosticadas ruins vem se acentuando a demanda por “hedge”, e esta proteção não se limita a compromissos curto prazo, aparentemente já preocupa os detentores de investimentos produtivos no país que assim buscam proteger os investimentos em conta de capital, o que determina que a estratégia que o BC estabeleceu de rolagem dos contratos de swaps vincendos e mais uma oferta diária de 2.000 contratos equivalentes a US$100,0 milhões esteja revelando insuficiência. Então a alta excessiva do preço da moeda americana tem origem no mercado futuro. Mas o BC nos parece refém de sua estratégia que deveria cautelarmente ter sido definida como rolagem com intervenções de ofertas adicionais de swaps quando se evidenciassem necessárias.

Ponto a destacar, este quadro elimina a hipótese que alguns analistas vinham colocando de redução do estoque de contratos de swaps no mercado futuro, contrário ao nosso ponto de vista que só vislumbra esta possibilidade quando passar a ocorrer fluxos externos intensos para o país.

A questão que continua sendo uma incógnita é: até quanto será possível o BC utilizar este instrumento financeiro sem ferir a sua credibilidade. Embora não representem efetivamente dólares e os utilize simplesmente como referencial para compor estes instrumentos na troca por juro, é evidente que a aceitabilidade deles no mercado está ancorada na existência de reservas cambiais. E, não se pode deixar de considerar que com as perspectivas atuais tende a ser cada vez mais onerosa ao governo.

Por outro lado, até que ponto será suportável pelos bancos o suprimento com suas posições vendidas da insuficiência de recursos para atender a necessidade do país de financiamento externo num ambiente que sugere expansão em perspectiva?

Há muitas questões em aberto no que diz respeito a fatores de influência na formação da taxa cambial no Brasil.

E o superávit primário que se não evidenciar efetiva possibilidade de alcance poderá acentuar o risco de o país perder o grau de investimento, o que seria drástico e determinante de saídas maiúsculas de recursos do país.

E a mudança da política monetária americana que poderia catalisar fortemente recursos atualmente nos mercados emergentes.

Inevitável sempre que há incertezas que geram oportunidades, não se pode descartar a presença dos especuladores que ajudam a elevar o preço da moeda americana provocando o BC a aumentar a oferta de swaps cambiais, que provocaria um recuo no preço e lhes permitiria ganhos pontuais.

Há de tudo um pouco. O Brasil e seu “status quo” provavelmente justifiquem a taxa de R$ 2,80, o restante são excessos provocados por circunstâncias pontuais e reversíveis.

No nosso entendimento será um ano difícil para as contas externas brasileiras, a despeito de o país ter liquidamente algo como US$ 352,0 Bi de reservas que devem ser preservadas a todo custo, pois funcionam como um escudo para mitigar a fragilidade do país.

Nosso ponto de vista é que o dólar poderá ser apreciado gradualmente na medida em que for se materializando a fragilidade do nosso setor externo, com intensificação de fluxos negativos. Nossa projeção para o final do ano é de R$ 3,20.

A tentativa de precificação imediata de um quadro prospectivo tendente a desfavorável pode consumar-se como um erro visto que trará para o presente as consequências que poderão ou não ser confirmadas no decorrer do ano.

Atribuir-se a fatores externos as nossas mazelas é uma fuga à realidade brasileira, que precisa ser enfrentada e resolvida pelo próprio governo que o conduziu a esta situação.

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