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Dados chineses pesam sobre os mercados. Futuros dos EUA caem na volta do feriado.

Publicado 17.01.2023, 08:14
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Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, com os investidores digerindo uma série de dados econômicos chineses.

Na China continental, o Shenzhen Component lutou por direção e fechou em ligeira alta de 0,12%, em 11.800,55 pontos e o Composto de Xangai caiu 0,10%, em 3.224,24 pontos, após os dados mostraram que o PIB do país cresceu 2,9% em 2022, acima do crescimento esperado de 1,8%, marcando um dos crescimentos mais lentos em décadas. Embora o crescimento trimestral tenha sido estável, ainda superou as expectativas de uma contração de 0,8%. As vendas no varejo da China em dezembro superaram as estimativas, caindo apenas 1,8% em uma base anualizada, significativamente melhor do que o declínio de 8,6% projetado em uma pesquisa da Reuters. A produção industrial cresceu 1,3% em dezembro, acima das expectativas de alta de 0,2%. Apesar dos dados melhores do que o esperado, o yuan offshore chinês enfraqueceu acentuadamente passando de 6,7403 para 6,7563 em relação ao dólar americano logo após a divulgação dos dados.

O Goldman Sachs (NYSE:GS) disse que o "movimento de saída" da China durante a reabertura derrubou significativamente sua economia. "O movimento devido à reabertura mais rápida do que o esperado da China afetou fortemente a atividade econômica nos últimos meses, devido ao aumento de infecções, escassez temporária de mão de obra e interrupções na cadeia de suprimentos”, afirmou o relatório. ″É surpreendente que os números reportados para dezembro não tenham sido piores”, disseram os economistas.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,78%, em 21.577,64 pontos, enquanto o índice Hang Seng Tech caiu 0,88%.

No Japão, o Nikkei contrariou a tendência regional ao subir 1,28%, liderando os ganhos na região, enquanto o Banco do Japão iniciou sua reunião de política monetária de dois dias. O rendimento do tesouro de 10 anos do Japão continuou a testar o teto superior da faixa de tolerância do banco central.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 cedeu 0,03%, fechando em 7.386,30 pontos, com as quedas nos preços do minério de ferro e do carvão pesando sobre as mineradoras locais. O preço do minério de ferro caiu em meio às notícias de que a China estaria apertando a supervisão dos preços do minério de ferro, pressionando os pesos-pesados da mineração, como BHP, que caiu 1,3% e Fortescue Metals (ASX:FMG) Group, que perdeu 1,5%. As mineradoras de carvão Yancoal, New Hope Corporation e Whitehaven também caíram, perdendo 3,5%, 2,6% e 2,2%, respectivamente, reflexo da queda do preço do carvão. A empresa de mineração e metais South32 teve o maior declínio, caindo 3,7%. A gigante da mineração australiana Rio Tinto (LON:RIO) divulgou seus resultados de produção do quarto trimestre, que superaram ligeiramente as estimativas. “O foco da Rio Tinto tem sido o minério de ferro, que tem apoiado todo o setor nos últimos meses, com uma "call" que finalmente se concretizou no final do ano passado e no início deste ano”. As ações da empresa negociaram em queda de 1,1%.

O Credit Suisse (SIX:CSGN) acredita que os preços do minério de ferro atingirão um pico de cerca de US$ 130 a US$ 140 este ano, com foco na reabertura da China e a implementação de medidas de estímulo à infraestrutura. "Essas medidas “sustentarão a demanda por minério de ferro ao longo deste ano até o ano que vem”.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 0,73% e fechou em 2.379,39 pontos.

O índice MSCI para Ásia-Pacífico, exceto Japão, fechou em queda de 0,47%.

EUROPA: As bolsas europeias operam em baixa nesta terça-feira, com as preocupações sobre a economia global no topo da agenda do Fórum Econômico Mundial em Davos nesta semana.

Preocupações com o rumo da economia global, inflação persistente, fragmentação e crescimento lento estão no topo da agenda, assim como a guerra na Ucrânia estão na pauta em Davos.

O pan-europeu Stoxx 600 cai 0,3% no meio da sessão matinal, com ações de viagens e lazer subindo, enquanto as ações de automóveis lideram as perdas.

O alemão DAX 30 cai 0,1%, o francês CAC perde 0,2% e o FTSE MIB da Itália recua 0,5%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,3% e o português PSI 20 tomba 1,2%.

Em Londres, o FTSE 100 cai 0,2%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 0,4%, Antofagasta (LON:ANTO) cai 0,9%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto operam em alta de 0,4$ e 0,1%, respectivamente. A petrolífera BP também sobe 0,4%.

O setor imobiliário do Reino Unido permaneceu lento nos últimos meses, com o Banco da Inglaterra continuando a aumentar agressivamente as taxas de juros para conter a inflação de dois dígitos. O CEO do Lloyds Bank disse que os preços das casas no Reino Unido cairão até 10% este ano, à medida que as taxas de hipoteca mais altas e a crise mais ampla do custo de vida restringem a compra de casas.

O relatório do site imobiliário britânico Rightmove na segunda-feira mostrou que os preços das casas subiram ligeiramente em janeiro pela primeira vez em dois meses, enquanto o Escritório independente de Responsabilidade Orçamentária prevê que as famílias do Reino Unido enfrentarão sua queda mais acentuada nos padrões de vida já registrada.

A taxa de desemprego do Reino Unido permaneceu inalterada em 3,7% nos três meses até novembro em comparação com o segundo trimestre, o crescimento dos salários continuou a acelerar, um sinal de que o mercado de trabalho permaneceu apertado, com a redução da demanda por mão de obra. Economistas esperavam que a taxa de desemprego aumentasse para 3,8%. As vagas de emprego continuaram a diminuir nos três meses até dezembro, aumentando as evidências de que a fraca atividade econômica está pesando sobre a demanda por trabalhadores. Ainda assim, as vagas permaneceram bem acima dos níveis pré-pandemia. Os salários aceleraram ainda mais nos três meses até novembro. Os ganhos médios semanais excluindo bônus aumentaram 6,4% no ano, mais do que os 6,1% registrados de agosto a outubro e a taxa de crescimento mais forte observada fora do período de pandemia de coronavírus. Ajustados pela inflação, os salários caíram 2,6%.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA negociam em baixa na manhã de terça-feira no retorno do feriado, enquanto os investidores aguardam mais balanços corporativos.

Todos os três principais índices estão saindo de duas primeiras semanas positivas de negociação em 2023. O Nasdaq Composite está liderando a alta de 5,9%, com os investidores comprando ações de tecnologia em meio á esperanças crescentes de um cenário melhor para ações de crescimento. O S&P 500 e o Dow avançaram 4,2% e 3,5%, respectivamente, desde o início do ano.

Os ganhos estão relacionados à inflação que os investidores viram como uma indicação de uma economia está esfriando, na esperança de que o Federal Reserve desacelere os aumentos das taxas de juros mais uma vez. Na semana passada, o índice de preços ao consumidor de dezembro mostrou que os preços caíram 0,1% em relação ao mês anterior, mas os preços ainda estavam 6,5% acima do mesmo mês do ano anterior.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA operam de forma mista nesta terça-feira, com os investidores aguardando comentários de palestrantes do Federal Reserve ao longo da semana que podem fornecer pistas sobre os planos da política econômica do banco central e aguardavam os principais dados econômicos. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subia três pontos-base para 3,5476% por volta das 5h30 (horário de Brasília). O rendimento do Tesouro de 2 anos estava praticamente quase estável e estava sendo negociado em torno de 4,2426%. Os rendimentos e os preços movem-se em direções opostas e um ponto-base é igual a 0,01%.

O presidente do Fed de Nova York, John Williams está programado para falar em um evento às 17h00 da terça-feira. As incertezas sobre a próxima alta das taxas de juros por parte do banco central, de 25 ou 50 pontos-base em sua próxima reunião que acontecerá entre os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro tem se espalhado entre os "traders" nas últimas semanas. Muitos estão preocupados que o ritmo dos aumentos de juros implementados pelo Fed até agora em sua luta contra a alta inflação possa arrastar a economia dos EUA para uma recessão. Depois de anunciar quatro aumentos consecutivos de 75 pontos-base nas taxas, o Fed diminuiu ligeiramente o ritmo para 50 pontos-base em sua última reunião em dezembro. Muitos analistas esperam que o banco central volte a desacelerar, ou suspenda completamente os aumentos das taxas este ano. A leitura do índice de preços ao consumidor da semana passada mostrou que os preços de bens e serviços caíram mensalmente em dezembro. Os investidores terão novas informações sobre a evolução da inflação na terça-feira, quando os números do índice de preços ao produtor de dezembro serão divulgados.

Na agenda econômica de hoje, o Índice de Manufatura do Empire State sairá às 10h30.

O foco do investidor também se volta para as finanças corporativas com o início da temporada de resultados. Os bancos ocuparam o centro do palco na sexta-feira, enquanto os investidores digeriam os comentários sobre a probabilidade de uma recessão. O Goldman Sachs e o Morgan Stanley (NYSE:MS) devem reportar seus números trimestrais antes do sino na terça-feira, seguidos pela United Airlines (NASDAQ:UAL) após o fechamento do mercado.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas continuaram a subir na terça-feira, empurrando para níveis não vistos desde o colapso da exchange cripto FTX e registrando os preços mais altos em meses.

O Bitcoin sobe mais de 1% nas últimas 24 horas, negociando acima de US $ 21.100. O maior ativo digital vem subindo desde a semana passada, saindo da faixa de negociação de US $ 16.500 a US $ 17.000 que dominou no mês passado e superando o nível chave de US $ 20.000 no fim de semana. O Bitcoin agora está sendo negociado no nível mais alto desde o início de novembro de 2022, antes que a falência da FTX abalasse os mercados, testando a alta de novembro em US $ 21.500 e pode deixar para trás a máxima de novembro se o PPI dos EUA na quarta-feira corresponder com às expectativas do mercado.

O Bitcoin e seus pares provavelmente tem seguido os mercado de ações e devem acompanhar o Dow Jones Industrial Average e o S & P 500. Criptos e ações tornaram-se intimamente ligadas em meio ao cenário macro difícil de inflação aquecida, aumento das taxas de juros e riscos de recessão.

Segundo analistas técnicos, se a resistência de US$ 21.500 for superada, isso marcaria uma mudança significativa, sugerindo a próxima resistência na máxima de agosto em torno de US$ 25.200, mas citam cautela com sinais de "sobrevenda", o que é visto como "uma razão para não perseguir o rali".

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda, sobe quase 1% nas últimas 24 horas, negociando acima de US $ 1.550.

Bitcoin: +1,37% em US $ 20.850,30
0Ethereum: +0,97% em US $ 1.562,17
Cardano: +0,45%
Solana: +0,46%
Terra Classic: -0,07%

ÍNDICES FUTUROS - 7h55:
Dow: -0,17%
SP500: -0,22%
NASDAQ: -0,29%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: -1,30%
Brent: +0,77%
WTI: +0,04%
Soja: -0,84%
Ouro: -0,68%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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