Desde sua eleição em 2016, com maior ênfase a partir do último trimestre de 2017, Trump tem sido um elemento de disrupção para constante para o mercado financeiro americano e global.
Guerras comerciais, muro com o México, problemas no Oriente Médio, relações espúrias com a Rússia, China como principal alvo, pedidos estranhos como paradas militares, investigações de campanha e acima de tudo, o Twitter (NYSE:TWTR).
A maneira pouco convencional que o presidente comunica suas decisões muitas vezes deixa sua equipe ‘vendida’, sem consultar seus assessores e constantemente levando a constrangimentos na tentativa de defesa de seus pontos de vista.
O alvo mais recente tem sido o Federal Reserve e a figura de Jerome Powell, o atua presidente.
Um dos grandes baluartes da economia americana é a independência formal do banco central e o pedido constante de demissão de Powell por parte de Trump e suas reclamações com o Fed tem ecoado negativamente no mercado, levando à pior véspera de natal das bolsas americanas.
Trump demonstrou um leve recuo, ao indicar que “entende” que o Fed sobe os juros pelo crescimento forte da economia americana, de maneira preventiva, porém não deixa de ‘cutucar’ a instituição ao dar sua opinião sobre quando a alta deve parar.
Ao mesmo tempo, o mercado desenha um contexto tragicômico de recessão que foge da realidade dos fatos, algo totalmente refutado pelos indicadores tanto da indústria, quanto do comércio americanos.
No caso, a desaceleração do ciclo de negócios se refletiria nos ativos de mercado financeiro, antecipando uma recessão entre 4 e 6 meses.
Dados preliminares da Mastercard SpendingPulse indicam o contrário, com um crescimento anual de 5,1% nas vendas ao varejo excluindo autos nos EUA, no período entre 1º de novembro e 24 de dezembro, com gasto de US$ 850 bi.
Com tal medida, seria muito difícil observarmos uma contração suficiente para uma recessão nos próximos 6 meses como preconiza parte do mercado.
Também importante, a comunicação constante e aberta da autoridade monetária gera um efeito do ‘menino pastor e o lobo’ no aperto vigente, ou seja, a diluição de um efeito surpresa evita, por exemplo, um flight to quality exagerado em nível global.
Deste modo, é nítido que Trump é um elemento de volatilidade dos ativos, porém o mercado mostra exagero na dose de desespero.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com o retorno parcial dos mercados.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com o referencial limitado das bolsas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos entre os 3 e 5 anos.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque ao minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em alta, após a queda abrupta recente
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 3%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9046 / 0,15 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,035%
Dólar / Yen : ¥ 110,59 / 0,254%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,087%
Dólar Fut. (1 m) : 3887,46 / 0,94 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,46 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,59 % aa (0,15%)
DI - Janeiro 21: 7,40 % aa (0,14%)
DI - Janeiro 25: 9,21 % aa (-0,43%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,50% / 85.697 pontos
Dow Jones: -2,91% / 21.792 pontos
Nasdaq: -2,21% / 6.193 pontos
Nikkei: 0,89% / 19.327 pontos
Hang Seng: -0,40% / 25.651 pontos
ASX 200: 0,48% / 5.494 pontos
ABERTURA
DAX: 0,000% / 10633,82 pontos
CAC 40: 0,000% / 4626,39 pontos
FTSE: 0,000% / 6685,99 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85400,00 pontos
S&P Fut.: 0,577% / 2355,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,539% / 5923,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,18% / 77,36 ptos
Petróleo WTI: 1,41% / $43,13
Petróleo Brent:1,07% / $51,01
Ouro: 0,41% / $1.273,70
Minério de Ferro: -0,29% / $68,79
Soja: 0,37% / $16,20
Milho: -0,20% / $377,75
Café: 2,51% / $102,20
Açúcar: 0,49% / $12,40