A última reunião de Janet Yellen frente ao FOMC, comitê de política monetária do Federal Reserve não trouxe sinais significativos dos próximos movimentos de juros, conforme citamos ontem.
Com o CPI dentro das projeções, com o núcleo ainda distante do que se considera a meta do comitê, a indicação de cautela foi o movimento mais correto, principalmente com a saída de Yellen do cargo no próximo ano.
Ao mesmo tempo, ao indicar as tradicionais elevações para 2018, o Fed ainda insiste na normalização da taxa de juros, em vista à necessidade de equalização das taxas ao cenário macroeconômico.
Mantida a linha considerada moderada, as elevações de juros no Fed têm potencial limitado tanto na atração de investimentos globais, como na elevação do dólar, o que se pode considerar positivo aos mercados de risco e por fim, ao emergentes como o Brasil.
Atenção hoje as decisões de juros na Zona do Euro e Reino Unido.
CENÁRIO POLÍTICO
Vai acontecer, não vai acontecer. Adia, não adia. Este é o cenário da reforma da previdência nas últimas semanas, intensificado ontem com a notícia do adiamento para fevereiro por parte de Jucá.
Todavia, o mesmo foi desautorizado a indicar o adiamento por Meirelles e Temer, este último internado para um procedimento cirúrgico em São Paulo.
Há notícias também que discussões internas entre os presidentes do Senado e da Câmara seriam o real motivo para mais um atraso nas votações, demonstrando cada vez mais menor interesse institucional entre nossos legisladores.
No cenário de 2018, apesar de sequer ainda ter sido julgado, o PT já avalia um cenário sem o ex-presidente e busca as possíveis alternativas, entre Haddad e Wagner.
Em resumo, o cenário da eleição presidencial continua cada vez mais indefinido.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY em alta, na expectativa pode decisões de juros na Europa. Na Ásia, o fechamento foi positivo por conta do resultado do FOMC.
O dólar opera estável contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque para o minério de ferro no porto de Qindao e para o ouro, por conta do dólar mais fraco.
O petróleo em alta em ambas as praças, porém as movimentações dos produtores de óleo de xisto começam a incomodar os produtores.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3174 / -0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,042%
Dólar / Yen : ¥ 112,79 / 0,222%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / 0,246%
Dólar Fut. (1 m) : 3318,86 / -0,51 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,72 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,59 % aa (-0,52%)
DI - Janeiro 21: 9,26 % aa (-0,64%)
DI - Janeiro 25: 10,59 % aa (-0,66%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,22% / 72.914 pontos
Dow Jones: 0,33% / 24.585 pontos
Nasdaq: 0,20% / 6.876 pontos
Nikkei: -0,28% / 22.694 pontos
Hang Seng: -0,19% / 29.166 pontos
ASX 200: -0,18% / 6.011 pontos
ABERTURA
DAX: -0,293% / 13087,21 pontos
CAC 40: -0,180% / 5389,71 pontos
FTSE: -0,194% / 7481,97 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 73702,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2666,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,184% / 6410,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,14% / 83,62 ptos
Petróleo WTI: 0,02% / $56,61
Petróleo Brent:0,16% / $62,54
Ouro: -0,01% / $1.255,41
Minério de Ferro: 0,54% / $69,34
Soja: -0,03% / $18,33
Milho: 0,30% / $336,75
Café: 1,62% / $118,95
Açúcar: -0,14% / $13,84