Mercados Globais
As bolsas globais ainda repercutem o aumento das tensões entre o governo D.Trump e o de Kim Jong-un. A possibilidade de um ataque dos EUA ao país, ou da Coreia do Norte à base de Guam, tem levado os agentes a diminuírem duas posições de risco, privilegiando títulos soberanos como os dos EUA, Alemanha e Japão e ativos reais como ouro e petróleo.
Os futuros do barril do petróleo WTI estão sendo negociados acima dos US$ 50 em função das condições favoráveis de crescimento da demanda, que reduziram os estoques dos EUA. Com o final da temporada dos balanços do primeiro trimestre, que trouxe notícias positivas para os investidores em quase todos os grandes mercados, espera-se que as bolsas tenham uma parada técnica para um novo período que, espera-se, pode testar os recordes de preços obtidos nesse trimestre. Veja o gráfico da cesta de moedas em relação ao dólar:
Nessa cesta calculada pelo FED, o dólar teve uma desvalorização de cerca de 5% na últimas semanas, por conta do desgaste do governo Trump com o Congresso dos EUA. A recuperação, modesta ainda, mostra a saída, ainda moderada, dos ativos mais arriscados.
Brasil
No Brasil devemos ter um dia de realização no mercado acionário, acompanhando os mercados globais. O que empresta à realização um caráter doméstico é o aumento da percepção de que qualquer medida de ajuste do déficit fiscal tem pouco apoio da base do governo no congresso. Todos os sinais emitidos para a imprensa reforçam a expectativa de que aumento de impostos, “reoneração” e reforma previdenciária não têm apoio junto aos deputados e senadores.
A temporada de balanços local tem um dia de resultados importantes e que devem contribuir para uma visão mais precisa acerca dos negócios no segundo trimestre. O que tem ficado evidente até agora é que, apesar do comportamento ainda fraco das vendas, a estrutura dos balanços tem melhorado, com ganhos de eficiência e redução do endividamento, colocando as grandes empresas nacionais em posição muito favorável em um cenário de recuperação da atividade econômica e queda dos juros. O resultado do BB (SA:BBAS3) veio um pouco abaixo das expectativas do mercado e trouxe um guidance muito conservador para quem esperava uma política mais ativa para o banco. Saem ainda resultados das empresas do setor de real state, tais como Ez Tec, Helbor (SA:HBOR3) e Gafisa (SA:GFSA3), e do setor de energia, como CPFL (SA:CPFE3) e Light (SA:LIGT3).