As duas decisões de juros hoje, Brasil e EUA, terão resultado semelhante, a manutenção, mas direcionamentos diferentes, principalmente no caso americano.
Já foram duas elevações em 2018, de 1,50% para 1,75% e de 1,75% para 2,00%. Com isso, dadas as sinalizações mais recentes da autoridade monetária, a tendência é de dois apertos adicionais, para 2,50% aa.
Isso levaria os EUA à uma taxa de juros reais positiva de 0,49%, ou seja, suficientemente boa para atrair uma gama significativamente alta de investimentos globais, dadas as taxas operadas em países emergentes e com grau de investimento.
Na comparação nominal, estaríamos somente 400 bp de distância da economia mais segura do mundo e iniciando uma competição com países e blocos notadamente mais seguros.
Com isso, a decisão em manter a Selic se foca de maneira bastante técnica à reposta à inflação e à atividade econômica, sem o uso do instrumento monetário para, como no passado, deter um possível fluxo de saída de capitais.
Para isso, as robustas reservas cambiais cumprem bem seu papel e dão conforto para o COPOM confirmar tal manutenção de juros por todo o restante de 2018.
CENÁRIO POLÍTICO
Está cada dia mais difícil encontrar um vice ‘decente’ no Brasil, sendo que a maior parte das candidaturas são lançadas sem a figura do possível e passível de acontecer, substituto.
Meirelles, apesar da baixa adesão, até mesmo no partido, lançou sua candidatura com a anuência de Temer e sem vice.
Ainda assim, Meirelles, no que tem de sobra de capacidade técnica, sobra também em soberba verbal, ou seja, fala como um aristocrata.
Não que isso seja reflexo da personalidade de Meirelles, ao contrário, porém seu jeito de se comunicar transmite um tipo de empáfia que dificulta em muito a proximidade com o eleitor ‘comum’.
Ao mesmo tempo, FHC fala exatamente da mesma maneira e já foi presidente.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em queda, na expectativa por balanços e decisões de política monetária.
Na Ásia, o fechamento foi misto, após as negociações China-EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, após o aumento expressivo de oferta pela OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 2,5%.
Destacam-se hoje aos resultados de AirFrance, KLM, AMC, Bunge, BlackRock, Brookfield, Cirrus, Prudential (LON:PRU), Paramount e Tesla (NASDAQ:TSLA). No Brasil, Duratex (SA:DTEX3), Totvs (SA:TOTS3), Arezzo (SA:ARZZ3), Ultrapar (SA:UGPA3) e Petro Distribuidora
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7572 / 0,71 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,060%
Dólar / Yen : ¥ 111,88 / 0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,091%
Dólar Fut. (1 m) : 3769,00 / 0,56 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,29 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,89 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 21: 8,92 % aa (0,22%)
DI - Janeiro 25: 10,98 % aa (0,73%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,31% / 79.220 pontos
Dow Jones: 0,43% / 25.415 pontos
Nasdaq: 0,55% / 7.672 pontos
Nikkei: 0,86% / 22.747 pontos
Hang Seng: -0,85% / 28.341 pontos
ASX 200: -0,07% / 6.276 pontos
ABERTURA
DAX: -0,299% / 12767,22 pontos
CAC 40: -0,089% / 5506,39 pontos
FTSE: -1,378% / 7642,01 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 79300,00 pontos
S&P Fut.: -0,039% / 2816,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,183% / 7258,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,78% / 84,72 ptos
Petróleo WTI: -1,09% / $68,01
Petróleo Brent:-1,21% / $73,31
Ouro: -0,07% / $1.223,26
Minério de Ferro: 0,62% / $67,67
Soja: 2,24% / $16,86
Milho: -0,20% / $371,25
Café: -0,27% / $109,50
Açúcar: -0,09% / $10,54