E parece que a valorização das commodities continua conduzindo a taxa de câmbio por aqui. Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,0983 para venda. Registrando o terceiro pregão consecutivo em queda devido a maior apetite a risco e atraindo capital para o Brasil por conta do nosso diferencial de juros ante o exterior.
Em momentos de valorização internacional de commodities, o capital, tanto financeiro quanto produtivo, migra para países exportadores destes produtos, o que é o caso do Brasil. Quando isso ocorre, o dólar se deprecia.
Os investidores seguem monitorando as eleições presidenciais no Brasil também, o que pode trazer volatilidade ao mercado cambial.
Sugiro que aproveitem o momento de queda do dólar, pois o ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed) deve trazer valor ao dólar até o final do ano. O Fed já subiu sua taxa de juros em 2,25 pontos percentuais desde março deste ano, e a maior parte dos mercados financeiros acredita que a autoridade monetária elevará os custos dos empréstimos em mais 0,75 ponto em seu encontro deste mês, nos dias 20 e 21.
Hoje precisamos ficar atentos aos dados de inflação norte-americana, já que podem oferecer pistas sobre a decisão do banco central na semana que vem.
Quanto a esse dado de inflação, a expectativa é que tenha arrefecido, mas se esse dado não vier conforme o esperado os ânimos podem reverter esse apetite a risco que vemos no mercado.
Já na Europa, falas de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) consideradas hawkish apoiaram ontem a alta do EUR/USD em relação à divisa americana. Parece-me que o BCE está posicionado para ser bem mais agressivo em seu aperto monetário.
No calendário de hoje, temos o crescimento do setor de serviços no Brasil, a inflação nos EUA e o discurso de McCaul (membro do BCE) na Europa .
Bons negócios a todos!