O progresso nas negociações para ampliação do teto da dívida dos EUA segue sendo o mais importante para acompanharmos nesta semana. Um calote na maior economia do mundo teria impacto global, minando a confiança e a atividade econômica. Acho que, em cima da hora, as coisas devem se resolver.
Com uma resolução para a questão do teto da dívida, o dólar pode voltar cair frente a pares fortes, dada a perspectiva de desaceleração da economia americana nos próximos meses. Mesmo que o Fed opte por não elevar os juros em 25 pontos-base em junho, eles devem manter a política monetária restritiva por mais tempo, o que já começa a ser precificado pelo mercado.
Hoje o mercado está dividido entre eles aumentarem 0,25 e eles manterem os juros na próxima reunião. Vamos aguardar na sexta-feira o payroll americano para ter melhor ideia das perspectivas quanto a taxa de juros deles.
O dólar à vista fechou a semana cotado a R$ 4,9887 para venda. Os resultados expressivos das exportações brasileiras têm contribuído para o desempenho do real. O dólar tende a ficar mais fraco lá fora, o que pode levar fluxo para emergentes, beneficiando a nossa moeda. O dólar pode continuar abaixo de R$ 5,00 no mercado local. Uma queda maior depende de sinais de que o governo vai conseguir as receitas para cumprir as metas fiscais.
Se o Banco Central iniciar o corte de juros, mostrando otimismo com o arcabouço, a redução da taxa Selic, que pode até vir a partir de agosto ou setembro, reduzirá o diferencial de juros interno e externo, mas pode beneficiar o real ao atrair recursos para a Bolsa doméstica.
E na quarta-feira a semana termina e teremos a PTAX de final de mês, com isso é certo maior volatilidade na taxa de câmbio, que já deve iniciar a partir de amanhã, com a tradicional briga entre comprados e vendidos.
E no calendário econômico para hoje teremos aqui no Brasil o tradicional boletim Focus, a receita tributária e o Caged. Nos EUA é feriado, Memorial Day.
Bons negócios, turma, excelente semana e que realizem muito lucro!