Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,6933 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney.
Agora no radar do mercado está a perspectiva de corte de juros já em junho pelo Fed. Com isso vimos os rendimentos dos treasuries caírem nos EUA ontem. O diretor do Fed, Christopher Waller, disse que a guerra comercial pode fazer com que o desemprego aumente, o que levaria a corte de juros antecipados. Se isso ocorrer, o diferencial de juros pró-real ficará ainda maior, o que acende o apetite ao risco e beneficia nossa moeda. E segue o fala e desfala de Trump sobre os acordos em cima das tarifas com a China. O que sabemos é que o cenário certo é a incerteza.
Por aqui, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, falou que diminuir o crescimento da economia brasileira é bom para trazer a inflação à meta. Ele afirmou que a discussão está, obviamente, em torno das tarifas, e se de alguma forma o choque tarifário poderia beneficiar o Brasil. Já Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, falou que está difícil traçar uma tendência real para economia. A Selic está hoje em 14.25% ao ano e o mercado continua apostando em apenas uma alta de no máximo 0,5% em maio. Veremos.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar, nos EUA, a continuação das reuniões do FMI e expectativas de inflação e confiança do consumidor de Michigan de abril (11:00 hrs). No Brasil teremos o IPCA-15 de abril (9:00 hrs) e a Receita Tributária Federal de janeiro (10:30 hrs).
Bons negócios para todos, muito lucro, excelente final de semana e Shabat Shalom para os amigos de fé judaica.