Bom dia, sobreviventes do mercado do câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,0786 para venda, conforme informado pela Getmoney. Nenhuma surpresa para turma que me acompanha aqui, né?
Expliquei ontem que se o CPI viesse alto o mercado subiria, e que se o Fed dissesse na Ata da tarde que não tem como abaixar os juros tão já o mercado subiria ainda mais e faria preço para o fechamento do dia. E assim foi. Pela Ata do Fed, o mercado agora precifica que o início do ciclo de corte pode ocorrer somente em setembro e que provavelmente haverá apenas um corte de 0,25% neste ano. As autoridades do BC norte-americano estão preocupadas com a chance do progresso da inflação ter estagnado e haver necessidade de um período mais longo de política monetária restritiva para controlar a inflação. Fato é que os juros ficarão mais altos por mais tempo. E isso significa dólar forte.
Agora, se isso vai impactar na trajetória de juros aqui no Brasil teremos que acompanhar as declarações de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, a esse respeito. Apesar de lá fora a inflação estar pior, aqui o IPCA subiu 0,16% em março, ficando abaixo da expectativa do mercado, que era de 0,25%. Importante para nós do câmbio é saber que o diferencial de juros Brasil-EUA estará menor. Enquanto nossa taxa de juros deve cair, a deles vai ficar igual está por mais tempo. E isso joga a favor do dólar.
Pelo mundo, temos que as tensões no Oriente Médio continuam escalando. Agora, após essa super subida de ontem, o que vocês acham? Vamos de quiz? A quanto o dólar fecha o dia hoje? Coloquem aqui nos comentários as suas opiniões. Mas para ser mais assertivos, deem uma olhada no calendário econômico para hoje e escutem os discursos dos dirigentes de política monetária norte-americana, eles que farão o preço do dólar.
Na Zona do Euro, teremos a decisão de taxa de juros. Devem manter inalterada, mas na sequência haverá a declaração do BCE, que trará o porquê da decisão e as pistas sobre quando iniciarão os cortes. Por enquanto, as apostas são para junho na Europa. Acompanhem também o discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE, útil para quem opera euro, mas não só.
Aqui no Brasil, temos o fluxo cambial estrangeiro e as vendas do varejo de fevereiro. Nos EUA, o IPP de março, pedidos por seguro-desemprego, discursos de Williams, Barkin, Collins e Bostic, membros do Fomc e do Fed. Alias, como falei acima, serão esses discursos que darão tom ao mercado de hoje.
Bons negócios a todos e muito lucro!