Bom dia, mercado do câmbio. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 5,4928 para venda, conforme informado pela mesa da Getmoney corretora.
Internamente, seguem os ruídos sobre a possibilidade de aumento da Selic em setembro. E no exterior, as preocupações quanto à escalada dos conflitos no Oriente Médio.
Ontem, Gabriel Galípolo, possível indicado pelo presidente Lula para substituir Roberto Campos Neto na presidência do Banco Cebtral, voltou a dizer que “todas as alternativas estão na mesa” para a política monetária, mostrando que não descartam a possibilidade de ter de aumentar a Selic na próxima decisão de juros por aqui. O Boletim Focus, que saiu ontem e continua mostrando a projeção para inflação desancorada, traz aumento nas expectativas tanto para 2024 quanto para 2025.
Minha leitura até o momento é de que o Fed deve cortar os juros em 0,25 pp em setembro e isso já está precificado na atual taxa de câmbio. Mas, vamos ver até lá se o cenário se mantém assim, muitos dados relevantes ainda vão sair. A economia norte-americana está realmente demonstrando que a inflação está desacelerando.
O dólar abaixo de R$ 5,50 reflete a perspectiva de corte de juros nos EUA e manutenção ou aumento dos juros por aqui. Agora o que precisamos ver é o quanto corta lá e se vai subir aqui. Espera-se que a aproximação da eleição nos EUA aumente a volatilidade do mercado de câmbio. E precisamos estar atentos às guerras, que impulsionam a aversão ao risco e com isso fortalecem o dólar.
Para hoje no calendário econômico vamos acompanhar aqui no Brasil o IPCA-15 de agosto (8h00). Nos EUA, sai a confiança do consumidor de agosto (11h00).
Bons negócios a todos e muito lucro.