Foi menos Hawkish, mas o mercado queria um FOMC Dovish.
O comitê elevou os Fed Funds em 25bp como esperado. Comparado à decisão de setembro, o gráfico de pontos demonstra que nem um único membro do FOMC espera agora três aumentos no próximo ano, sendo agora dois aumentos.
Na comparação com o comunicado de novembro, o primeiro parágrafo sobre o estado da economia é quase idêntico, onde o crescimento é "forte", porém o segundo parágrafo agora cita que, embora os riscos ainda estejam "de certo modo equilibrados", o Fed "continuará monitorando desenvolvimentos econômicos e financeiros globais e avaliar suas implicações para as perspectivas econômicas”.
Em outro ponto diz que somente “alguns apertos adicionais serão necessários” onde anteriormente, dizia esperar “subir ainda mais”. Em resumo, não foi Dovish, porém foi menos Hawkish, conforme esperávamos.
Acreditamos que o FOMC está dando, neste momento, maior relevância à turbulência do mercado internacional do que à recente série de dados econômicos mais brandos.
Neste caso, o FOMC pode se tornar mais Hawkish se Trump fechar um acordo comercial substancial com a China.
Este acordo comercial não pode ser descartado e certamente teria impacto ainda mais positivo no mercado de trabalho americano, mesmo que a inflação continue a emitir o sinal de falta de pressão, tão corrente como tem sido atualmente.
CENÁRIO POLÍTICO
Só que não (#SQN). Uma popular frase entre os adolescentes se mostrou bastante concreta ontem, no imbróglio causado pelo supremo e a decisão de prisão em segunda instância.
Monocraticamente e jogando às traças uma decisão de plenário, ou seja, acima de seu ponto de vista individual, Celso de Mello tentou ontem, no “tapetão” liberar os presos em segunda instância, o qual incluiria o ex-presidente lula.
Os petitas se animaram e até dispensariam um exame de corpo de delito para facilitar o processo de soltura do ex-presidente, porém Dias Toffoli, ex-queridinho do PT e agora presidente do supremo rejeitou o movimento de Mello e acabou com a “festa”.
Brasil sil sil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, na ressaca da decisão do FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo o fechamento em queda nas bolsas americanas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos até os 10 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com exceção do minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em queda, com grandes elevações de estoque.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8962 / -0,33 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / 0,949%
Dólar / Yen : ¥ 111,68 / -0,711%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,738%
Dólar Fut. (1 m) : 3876,12 / -0,66 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,46 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,60 % aa (-0,75%)
DI - Janeiro 21: 7,46 % aa (-0,67%)
DI - Janeiro 25: 9,37 % aa (-1,47%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,08% / 85.674 pontos
Dow Jones: -1,49% / 23.324 pontos
Nasdaq: -2,17% / 6.637 pontos
Nikkei: -2,84% / 20.393 pontos
Hang Seng: -0,94% / 25.624 pontos
ASX 200: -1,34% / 5.506 pontos
ABERTURA
DAX: -0,931% / 10665,99 pontos
CAC 40: -1,321% / 4714,33 pontos
FTSE: -0,819% / 6710,53 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86428,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2503,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,142% / 6343,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,28% / 79,72 ptos
Petróleo WTI: -3,16% / $46,65
Petróleo Brent:-3,18% / $55,42
Ouro: 1,08% / $1.256,48
Minério de Ferro: 0,29% / $68,69
Soja: -0,96% / $16,45
Milho: 0,20% / $382,50
Café: 0,30% / $101,15
Açúcar: -0,16% / $12,45