Ontem o mercado só não registrou resultados melhores em nível global, pelo que se foi considerado uma ata hawkish do Federal Reserve, em vista a um comunicado considerado neutro.
Os investidores viram na ata indicações de um Fed mais tendente a elevar os juros devido ao plano de estímulo econômico de Donald Trump, o qual, na opinião do comitê, tem potencial de estímulo do consumo tanto de indivíduos, quanto de empresas.
Mesmo assim, a perspectiva de aperto monetário é relativamente precificada pelos investidores e em vista ao ainda elevado apetite pelo prêmio de maior risco, a alta nos juros americanos ainda tem potencial limitado de reverter as posições atuais dos investidores em nível global.
Em resumo, Fed pode até subir os juros, porém uma alta mais significativa do dólar e “fuga” de investimentos para os EUA parecem não ser a palavra de ordem. Emergentes agradecem.
CENÁRIO POLÍTICO
A nomeação de Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, o deputado deflagrador do mensalão no primeiro governo lula repete a fórmula típica do cenário político brasileiro, onde as indicações de ministros, considerada técnica em outros países não passa de mera formalidade e arranjos entre as casas.
Como Pedro Fernandes era desafeto de Sarney no Maranhão, o PTB aproveitou o pedido de indicação de Temer e acatou um pedido do ex-deputado de colocar sua filha, que pode também não concluir o mandato, caso decida se candidatar novamente em 2018.
Este é um sinal de aceleração da reforma ministerial de Temer, o qual ainda pode usar o evento para arregimentar novos votos para a reforma de previdência marcada para o retorno do recesso parlamentar.
E ainda no governo, Kassab repetiu o apoio que pode levar a Alckmin no pleito de 2018, porém não descarta Meirelles ainda como plano A para candidatura à presidência.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com os futuros NY em alta, puxadas por ações de empresas automotivas e pelo recorde recente do S&P.
Na Ásia, o fechamento foi positivo o recorde americano, levando o Nikkei a alta de 2%.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados desde a abertura.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, mesmo com o dólar em queda, com exceção do cobre, em alta consistente.
O petróleo em alta na abertura, com as tensões elevadas no Irã, com a continuidade de uma série de protestos de grupos jovens no país.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,238 / -0,73 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / 0,250%
Dólar / Yen : ¥ 112,54 / 0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / 0,207%
Dólar Fut. (1 m) : 3253,38 / -0,52 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,78 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,92 % aa (-0,13%)
DI - Janeiro 22: 9,43 % aa (-0,42%)
DI - Janeiro 25: 10,20 % aa (-0,58%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,13% / 77.995 pontos
Dow Jones: 0,40% / 24.923 pontos
Nasdaq: 0,84% / 7.066 pontos
Nikkei: 3,26% / 23.506 pontos
Hang Seng: 0,57% / 30.736 pontos
ASX 200: 0,11% / 6.077 pontos
ABERTURA
DAX: 1,012% / 13109,56 pontos
CAC 40: 0,850% / 5376,62 pontos
FTSE: 0,223% / 7688,23 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 78457,00 pontos
S&P Fut.: 0,118% / 2714,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,251% / 6601,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,11% / 88,77 ptos
Petróleo WTI: 0,37% / $61,86
Petróleo Brent:0,21% / $67,98
Ouro: 0,05% / $1.313,84
Minério de Ferro: -0,64% / $73,43
Soja: 0,39% / $18,02
Milho: 0,07% / $353,00
Café: -1,23% / $128,50
Açúcar: -0,52% / $15,16