Não faltam elementos para agitar esta semana, desde a divulgação da lista de Janot, passando pelas eleições na Holanda, Brexit e por fim, a decisão de juros pelo comitê de política monetária do Federal Reserve (Federa Open Market Comittee).
A perspectiva pela elevação dos juros americanos, baseados em indicadores do mercado de trabalho acima das expectativas demonstra a possibilidade de um aperto mais intenso e todo o contexto que se carrega a isto, como busca pela qualidade (flight to quality), ou seja, maior demanda por ativos de menor risco como dólar.
O problema no curto prazo é buscar qualidade nos EUA, com um governo sem rumo concreto, o que no curto prazo pode reduzir a busca da maior economia do mundo como um porto seguro, evitando assim um impacto maior no valor global do dólar.
Este é o ponto principal que também rege outras políticas monetárias no mundo, pois o caráter inflacionário do dólar como na economia brasileira tende a reduzir o ímpeto por um ciclo mais intenso de cortes de juros.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Dentre os diversos eventos que permeiam a semana, o mercado abre na expectativa principalmente da decisão do FOMC na quarta-feira, o que tende a significar volumes menos expressivo até lá.
Na abertura dos negócios, a Europa opera em leve alta, com poucos mercados no negativo e em NY, com S&P Futuro em leve alta e Nasdaq futuro estável.
O dólar global recua, próximo à estabilidade, com o rendimento dos Treasuries negativos em todos os vencimentos, porém com volumes baixos.
Entre as commodities, as metálicas operam em média em alta, com destaque para o cobre e a platina, enquanto o aço opera negativo, próximo à estabilidade. Pelo sexto dia seguido, o petróleo opera em queda, com o aumento de plataformas americanas operando na extração.
CENÁRIO POLÍTICO
O cenário político ganha peso no Brasil, com a divulgação da lista do Janot. Conforme citamos anteriormente, o famoso “telhado de cristal” do governo é notório, na verdade de toda a classe política, em vista à penetração que a corrupção em todos os níveis.
Os possíveis 80 nomes envolvidos fazem com que a segunda-feira possa ser de uma Brasília atipicamente cheia e neste cenário, Padilha reassume sua posição, mesmo em situação médica delicada, de modo a manter a prerrogativa de foro.
A ação do TSE também demanda atenção, apesar de uma leitura de alguns analistas de que a piora da situação política e consequentemente econômica está entre os tópicos considerado pelo tribunal para a tomada de decisão.
Brasil sendo Brasil.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1419 / -1,63 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,056%
Dólar / Yen : ¥ 114,57 / -0,192%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / 0,370%
Dólar Fut. (1 m) : 3164,17 / -1,38 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,07 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,56 % aa (-2,45%)
DI - Janeiro 21: 9,97 % aa (-2,25%)
DI - Janeiro 25: 10,34 % aa (-1,80%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,14% / 64.675 pontos
Dow Jones: 0,21% / 20.903 pontos
Nasdaq: 0,39% / 5.862 pontos
Nikkei: 0,15% / 19.634 pontos
Hang Seng: 1,11% / 23.830 pontos
ASX 200: -0,32% / 5.757 pontos
ABERTURA
DAX: 0,115% / 11976,88 pontos
CAC 40: 0,093% / 4997,94 pontos
FTSE: 0,228% / 7359,81 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65309,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2371,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,033% / 5380,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,36% / 84,41 ptos
Petróleo WTI: -0,85% / $48,08
Petróleo Brent:-0,56% / $51,08
Ouro: 0,27% / $1.207,86
Aço: -0,12% / $86,34
Soja: -0,37% / $19,00
Milho: -0,35% / $356,25
Café: 0,65% / $139,65
Açúcar: 0,16% / $18,26